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Desprendida, Sarita fez história na política
A primeira mulher a ser eleita prefeita no Estado de Mato Grosso, ainda antes da divisão de 1979, não teve berço político. Aos 36 anos, com 34 dias de campanha corpo-a-corpo, Sarita Baracat foi eleita prefeita de Várzea Grande em 1967. A partir daí, nenhuma outra mulher ocupou o mesmo posto. “Eu sempre esquecia o fato de ser mulher e atuava como militante, com bons projetos”, explicou dona Sarita. Hoje, aos 75 anos, ela faz um apelo às mulheres mato-grossenses: “Se unam e tomem conta de todos os postos. Que o nosso exemplo sirva de estímulo para isso”.
Filha de pais sírios, Sarita Baracat conta que a sua militância e participação na política mato-grossense é uma questão de vocação. Ela é a matriz de uma das famílias de grande representatividade na política de Mato Grosso. Das quatro eleições que disputou, foi vitoriosa em três.
No primeiro pleito, aos 25 anos, foi eleita a primeira vereadora de Várzea Grande e a segunda do Estado, em uma época em que as campanhas eram feitas de porta em porta e, na maioria das vezes, a pé. Depois de marcar presença no Legislativo Municipal, Sarita foi eleita prefeita de Várzea Grande para depois, em 1978, ser a primeira mulher a conquistar uma cadeira no Legislativo estadual depois da divisão. “Naquela época era muito melhor, a pessoa que prometia cumpria. As pessoas cobravam depois”, comparou. “Além disso os partidos eram muito fortes, as pessoas votavam nos partidos e não nos candidatos”, acrescentou.
A vocação política de dona Sarita começou a aflorar ainda nos bancos escolares. Sempre envolvida com a comunidade, ela conta que sempre teve gosto por ser útil às pessoas. A sua vocação fez escola na família, pois, além da irmã Aziza Baracat, que é vereadora pelo segundo mandato, o seu filho, Nico Baracat, é hoje vice-prefeito de Várzea Grande e já foi deputado estadual por dois mandatos.
Na direção partidária até 2002, quando saiu para ajudar na campanha de reeleição de Nico Baracat, dona Sarita acredita que serviu de estímulo para as mulheres saírem da submissão e se envolverem com a política. Hoje, a mulher que ousou usar calças quando todas ainda usavam saias se orgulha de todo o trabalho prestado à sociedade. “Acho que valeu a pena. Outras mulheres se candidataram e foram eleitas encorajadas por mim”, disse ao revelar que nunca sentiu constrangimento em um meio predominantemente masculino porque era respeitada não pelo fato de ser mulher, mas pelo fato de ser atuante.
Mas apesar das novas lideranças femininas, dona Sarita faz um apelo às mulheres mato-grossenses. “Mato Grosso carece de lideranças femininas. Acho que a mulher tem que largar o comodismo e ir à luta. Não só pelos seus direitos, mas para ajudar a construir um mundo melhor. As mulheres fazem as coisas com muito mais carinho, sensibilidade, elas se entregam mais à luta do que a si mesmas”, ressaltou.
Além dos cargos eletivos, Sarita Baracat ocupou vários cargos na administração pública. Hoje ela preside uma organização sem fins lucrativos na área da Educação. “Eu sempre fui muito ligada à Educação porque entendo que ela é o caminho para sair da violência”, disse. (MR)
Filha de pais sírios, Sarita Baracat conta que a sua militância e participação na política mato-grossense é uma questão de vocação. Ela é a matriz de uma das famílias de grande representatividade na política de Mato Grosso. Das quatro eleições que disputou, foi vitoriosa em três.
No primeiro pleito, aos 25 anos, foi eleita a primeira vereadora de Várzea Grande e a segunda do Estado, em uma época em que as campanhas eram feitas de porta em porta e, na maioria das vezes, a pé. Depois de marcar presença no Legislativo Municipal, Sarita foi eleita prefeita de Várzea Grande para depois, em 1978, ser a primeira mulher a conquistar uma cadeira no Legislativo estadual depois da divisão. “Naquela época era muito melhor, a pessoa que prometia cumpria. As pessoas cobravam depois”, comparou. “Além disso os partidos eram muito fortes, as pessoas votavam nos partidos e não nos candidatos”, acrescentou.
A vocação política de dona Sarita começou a aflorar ainda nos bancos escolares. Sempre envolvida com a comunidade, ela conta que sempre teve gosto por ser útil às pessoas. A sua vocação fez escola na família, pois, além da irmã Aziza Baracat, que é vereadora pelo segundo mandato, o seu filho, Nico Baracat, é hoje vice-prefeito de Várzea Grande e já foi deputado estadual por dois mandatos.
Na direção partidária até 2002, quando saiu para ajudar na campanha de reeleição de Nico Baracat, dona Sarita acredita que serviu de estímulo para as mulheres saírem da submissão e se envolverem com a política. Hoje, a mulher que ousou usar calças quando todas ainda usavam saias se orgulha de todo o trabalho prestado à sociedade. “Acho que valeu a pena. Outras mulheres se candidataram e foram eleitas encorajadas por mim”, disse ao revelar que nunca sentiu constrangimento em um meio predominantemente masculino porque era respeitada não pelo fato de ser mulher, mas pelo fato de ser atuante.
Mas apesar das novas lideranças femininas, dona Sarita faz um apelo às mulheres mato-grossenses. “Mato Grosso carece de lideranças femininas. Acho que a mulher tem que largar o comodismo e ir à luta. Não só pelos seus direitos, mas para ajudar a construir um mundo melhor. As mulheres fazem as coisas com muito mais carinho, sensibilidade, elas se entregam mais à luta do que a si mesmas”, ressaltou.
Além dos cargos eletivos, Sarita Baracat ocupou vários cargos na administração pública. Hoje ela preside uma organização sem fins lucrativos na área da Educação. “Eu sempre fui muito ligada à Educação porque entendo que ela é o caminho para sair da violência”, disse. (MR)
Fonte:
Diário de Cuiabá
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