PPS se reúne hoje e busca PMDB

O presidente regional do PPS, Percival Muniz, convocou para hoje, às 18 horas, no auditório da Associação Mato-grossense dos Municípios, reunião da executiva regional para discutir a política de alianças com a manutenção da verticalização pelo Tribunal Superior Eleitoral. Ele pretende, depois, levar a posição partidária para o governador Blairo Maggi.

A preocupação das lideranças do PPS é a possibilidade do partido ficar isolado no processo eleitoral deste ano. "Se não começarmos a nos mexer, vamos ficar sozinho sem ter com que se coligar", observou um membro da executiva. O problema é que, sem uma definição clara das regras eleitorais, as conversações de hoje podem não ter valor nenhum amanhã.

A executiva do PPS deverá autorizar as lideranças do partido a aprofundar as discussões sobre duas óticas. A primeira baseada na manutenção da verticalização e, segunda, sem as amarras para a coligação, apostando que Supremo Tribunal Federal irá manter a decisão do Congresso Nacional, que permite alianças regionais sem respeitar as nacionais.

Com a verticalização, o PMDB passou a ser o parceiro a ser buscado pelo PPS em apoio a reeleição de Blairo Maggi, já que vê o PFL cada vez mais distante. A esperança é do governador Germano Rigotto (RS) vencer as prévias e se transformar no candidato do partido à Presidência. Esse fato "descomplicaria" uma aliança entre os dois partidos, já que o PPS sinaliza, em nível nacional, coligar-se com o PMDB, desde que Rigotto seja o candidato à sucessão do presidente Lula. A possível vitória de Anthony Garotinho complicaria um entendimento e estimularia o PMDB a lançar candidato próprio ao governo de Mato Grosso.

Blairo Maggi, que chamou para si a responsabilidade de negociar com os partidos, está evitando comentar sobre alianças para a sua reeleição. Ao receber ontem o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, ele respondeu apenas com gestos as perguntas sobre política, deixando claro que o momento não é de se comentar e sim de articular.