Senado quer urgência em análise da verticalização

Os líderes dos partidos no Senado querem que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise com urgência a possibilidade de a verticalização valer este ano, ou seja, se será obrigatório manter este ano as mesmas coligações partidárias nas eleições para governador e para presidente.

"Entregamos ao STF a decisão da matéria sem tensionamento entre Legislativo e Judiciário", disse o líder do PFL, José Agripino Maia (RN), após reunião realizada hoje entre os líderes e o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

"Vários líderes ponderaram que devemos ter uma postura de evitar o aquecimento das relações entre o Poder Legislativo e o Poder Judiciário. Até porque a Constituição é muito clara na definição das tarefas, do papel. A nós cabe a prerrogativa da legislação e ao Judiciário, a de fazer análise de constitucionalidade", afirmou a líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC).

Amanhã, o Congresso Nacional deve promulgar a proposta de emenda à Constituição que derruba a verticalização. A dúvida dos parlamentares é se o fim da obrigatoriedade de repetir nos estados a coligação feita nacionalmente deve valer para as eleições deste ano.

Para pedir agilidade no julgamento, presidentes de diversos partidos vão nesta tarde ao Supremo conversar com o presidente do tribunal, ministro Nelson Jobim. Deverão participar do encontro com Jobim os presidentes do PSDB, PFL e Psol, senadores Tasso Jereissati (CE), Jorge Bornhausen (SC) e Heloísa Helena (AL); os presidentes do PMDB e do PPS, deputados Michel Temer (SP) e Roberto Freire (PE), o presidente do PDT, Carlos Lupi, e o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).