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Começa júri que vai sentenciar réu do 11 de Setembro
Uma juíza federal instalou na segunda-feira o júri que vai determinar se Zacarias Moussaoui, declarado mentor dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, será executado.
"Ao tomar essa decisão tão difícil sobre a punição, vocês devem ser guiados pela razão e por seu senso de justiça, não por distorções, preconceitos ou simpatia por ou contra o réu ou as vítimas", disse a juíza Leonie Brinkema.
Este é o único julgamento já realizado nos Estados Unidos a respeito dos atentados de 2001, que mataram cerca de 3.000 pessoas.
Moussaoui, 37, foi preso um mês antes dos ataques, por despertar suspeitas em uma escola de pilotagem. Ao contrário de audiências anteriores, na qual se manifestou com frequência, desta vez ele ficou quieto, recostado na cadeira, alongando a longa barba. Usava o macacão verde de prisioneiro e uma touca branca.
Ele se declarou culpado em abril de todas as seis acusações. Três delas acarretam a pena de morte.
"Como o réu se declarou culpado, não há dúvida de que ele seja culpado dos crimes pelos quais foi acusado", disse Brinkema aos 12 jurados e 5 suplentes, escolhidos entre 500 candidatos. "Vocês foram selecionados para servirem como jurados unicamente para decidirem a punição do réu".
Moussaoui, que tentou em várias ocasiões demitir seus advogados, tomou algumas notas e encarou os possíveis jurados. Pediu novamente para advogar em causa própria, o que Brinkema rejeitou.
O julgamento ocorre a poucos quilômetros do Pentágono, um dos alvos dos quatro aviões sequestrados no 11 de Setembro.
Na primeira fase do processo, o Ministério Público tentará provar que Moussaoui, um francês de ascendência marroquina, mentiu ao FBI a respeito de seu conhecimento sobre o iminente atentado na época em que foi detido.
Se o júri concordar que Moussaoui mentiu, tendo levado a pelo menos uma morte no atentado, outra fase ocorrerá para determinar se ele será sentenciado à morte.
Os advogados de Moussaoui dizem que será difícil provar que ele disse ao FBI algo que pudesse evitar os atentados.
Brinkema disse que o júri pode ouvir o depoimento de seis "combatentes inimigos" — denominação que os EUA dão a militantes islâmicos capturados. O julgamento foi adiado durante anos por causa de recursos sobre o acesso de Moussaoui a presos da Al Qaeda, algo que, segundo ele, poderia ajudar na sua defesa.
O réu diz que não pretendia participar do 11 de Setembro, mas sim de uma segunda onda de atentados, que não ocorreu.
Vítimas e parentes dos mortos no ataque assistiram à sessão em salas especiais de Boston, Nova York, Nova Jersey, Filadélfia e no próprio plenário, em Alexandria, Virginia.
Embora o tribunal distrital, ao qual Birkema pertence, seja considerado mais simpático à pena de morte do que os de outras regiões dos EUA, ninguém jamais foi condenado à morte no fórum de Alexandria.
"Ao tomar essa decisão tão difícil sobre a punição, vocês devem ser guiados pela razão e por seu senso de justiça, não por distorções, preconceitos ou simpatia por ou contra o réu ou as vítimas", disse a juíza Leonie Brinkema.
Este é o único julgamento já realizado nos Estados Unidos a respeito dos atentados de 2001, que mataram cerca de 3.000 pessoas.
Moussaoui, 37, foi preso um mês antes dos ataques, por despertar suspeitas em uma escola de pilotagem. Ao contrário de audiências anteriores, na qual se manifestou com frequência, desta vez ele ficou quieto, recostado na cadeira, alongando a longa barba. Usava o macacão verde de prisioneiro e uma touca branca.
Ele se declarou culpado em abril de todas as seis acusações. Três delas acarretam a pena de morte.
"Como o réu se declarou culpado, não há dúvida de que ele seja culpado dos crimes pelos quais foi acusado", disse Brinkema aos 12 jurados e 5 suplentes, escolhidos entre 500 candidatos. "Vocês foram selecionados para servirem como jurados unicamente para decidirem a punição do réu".
Moussaoui, que tentou em várias ocasiões demitir seus advogados, tomou algumas notas e encarou os possíveis jurados. Pediu novamente para advogar em causa própria, o que Brinkema rejeitou.
O julgamento ocorre a poucos quilômetros do Pentágono, um dos alvos dos quatro aviões sequestrados no 11 de Setembro.
Na primeira fase do processo, o Ministério Público tentará provar que Moussaoui, um francês de ascendência marroquina, mentiu ao FBI a respeito de seu conhecimento sobre o iminente atentado na época em que foi detido.
Se o júri concordar que Moussaoui mentiu, tendo levado a pelo menos uma morte no atentado, outra fase ocorrerá para determinar se ele será sentenciado à morte.
Os advogados de Moussaoui dizem que será difícil provar que ele disse ao FBI algo que pudesse evitar os atentados.
Brinkema disse que o júri pode ouvir o depoimento de seis "combatentes inimigos" — denominação que os EUA dão a militantes islâmicos capturados. O julgamento foi adiado durante anos por causa de recursos sobre o acesso de Moussaoui a presos da Al Qaeda, algo que, segundo ele, poderia ajudar na sua defesa.
O réu diz que não pretendia participar do 11 de Setembro, mas sim de uma segunda onda de atentados, que não ocorreu.
Vítimas e parentes dos mortos no ataque assistiram à sessão em salas especiais de Boston, Nova York, Nova Jersey, Filadélfia e no próprio plenário, em Alexandria, Virginia.
Embora o tribunal distrital, ao qual Birkema pertence, seja considerado mais simpático à pena de morte do que os de outras regiões dos EUA, ninguém jamais foi condenado à morte no fórum de Alexandria.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/314718/visualizar/
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