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Repórter News - reporternews.com.br
Meio Ambiente
Segunda - 06 de Março de 2006 às 13:25

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O pesquisador da Nasa e professor da Universidade de Princeton David Spergel anunciou hoje que a Agência Espacial Americana pretende lançar, nos próximos anos, um satélite capaz de detectar a presença de planetas parecidos com a Terra em outros sistemas a 20 anos-luz do Sistema Solar.

Spergel, que falou hoje na Jornada Internacional sobre Cosmologia que acontece na Universidade de Valência (na Espanha), indicou que uma sonda de alta resolução permitirá procurar no espaço, em uma distância situada entre 10 e 20 anos-luz, sinais de planetas onde seja possível existir algum tipo de vida.

O astrônomo americano mencionou as próximas missões da Nasa, focadas na detecção de novos planetas e no estudo de suas possibilidades físicas para o desenvolvimento da vida.

O cientista mostrou os últimos resultados do experimento WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe), um satélite lançado pela Nasa há seis anos destinado ao estudo da radiação.

Suas observações permitirão descobrir mais sobre a grande explosão que deu origem à matéria escura (ou não-visível), que pode ser composta por partículas não-conhecidas, explicou Spergel. Ele destacou que a experiência confirmará o modelo cosmológico do Big Bang sobre a origem, a estrutura e a aceleração da expansão do Universo.

Entre outros dados, Spergel revelou que apenas 4% da matéria do Universo é convencional, ou seja, o tipo de matéria que conhecemos e o qual são feitos a Terra, o Sistema Solar e as estrelas. Do resto, 23% são matéria escura e 73% energia escura. Esta última é a responsável pelo processo de expansão acelerada do Cosmos, por seu efeito antigravitacional, explicou.

As conclusões foram possíveis a partir da medição, feita pela WMAP, da radiação de fundo do Universo com uma precisão sem precedentes, graças às tecnologias usadas na configuração deste telescópio orbital de microondas.

A equipe da WMAP conseguiu a primeira imagem detalhada da formação do cosmos através da luz mais antiga já captada. A radiação de microondas capturada surgiu de em um Universo de 380 mil anos de idade. A origem do cosmos é calculada em 13,7 bilhões de anos.

A imagem obtida graças à WMAP permite uma nítida visão das sementes que geraram as estruturas cósmicas que observamos hoje, através das pequenas variações de temperatura detectadas pelo satélite.





Fonte: EFE

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