Verticalização aproxima PSDB do PFL

O reflexo da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em manter a verticalização é a aproximação em Mato Grosso do PSDB e o PFL. Os dois partidos voltam a sentar novamente na mesa de negociação em busca de um entendimento para as eleições deste ano no Estado. O PFL deverá sustentar a pré-candidatura do ex-prefeito de Várzea Grande, Jaime Campos, ao Senado Federal. "A candidatura de Jaime é cláusula pétrea", costuma dizer o senador Jonas Pinheiro. O problema é que o senador Antero Paes de Barros (PSDB) já anunciou que o seu projeto é tentar a reeleição, o que iria contra o projeto do ex-prefeito. Mas, de acordo com algumas lideranças tucanas, Paes de Barros pode rever sua posição, desde que a aliança com o PFL se concretize.

"O Antero aceita ser candidato ao governo se Jaime Campos for o candidato ao Senado na sua chapa", diz um membro do PSDB. Publicamente, o senador tucano jamais admitiu essa hipótese, alegando sempre que era cedo discutir a questão da candidatura ao governo e que sua disposição é concorrer a reeleição.

A composição entre o PSDB e o PFL, que começa a ser desenhada, não passa pela candidatura do senador Jonas Pinheiro ao governo do Estado. Tanto lideranças pefelistas como tucanas acham que ele perdeu o time ao se aproximar demasiadamente do governador Blairo Maggi. "O Jonas carrega na testa o nome Maggi", diz um tucano de alta plumagem.

A opinião entre eles é que o candidato a sucessão estadual deve ficar entre Antero Paes de Barros e Jaime Campos. Se o candidato for este último, alguns dirigentes já têm, inclusive, chapa pronta. Além do ex-prefeito seria integrada por Rogério Salles (PSDB) como vice e por Roland Trentini (PFL) como primeiro suplente ao Senado.