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Politica Brasil
Sexta - 03 de Março de 2006 às 08:41
Por: Téo Meneses

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O Ministério Público Eleitoral (MPE) tem até o próximo dia 16 para oferecer ou não denúncia contra o ex-presidente estadual do PT, Alexandre Cesar, indiciado pela Polícia Federal por caixa 2 na campanha a prefeito de Cuiabá. A promotora Ana Luíza Peterlini prometeu ontem utilizar todo o prazo antes de se pronunciar.

O inquérito foi encaminhado ao MPE na tarde desta Quarta-feira de Cinzas por determinação do juiz Paulo Sérgio Carreira de Souza. Na 1ª Zona Eleitoral da Capital, ninguém quis comentar o caso, que corre em sigilo. Apenas os advogados e as partes envolvidas têm acesso às investigações.

Se a promotora avaliar que o inquérito conduzido pelo delegado Renato Sayão contém indícios suficientes, ela irá oferecer a denúncia ratificando que Alexandre apresentou conta eleitoral falsa ao esconder parte da contabilidade junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Caso contrário, pode solicitar novas diligências à Polícia Federal ou ainda arquivar o caso. Ana Luíza não quis comentar ontem os "indícios" apresentados e alegou que tem outros casos para analisar antes, o que deve adiar a decisão.

Caso a promotora ofereça denúncia, o inquérito retornará à 1ª Zona Eleitoral. Alexandre, que é procurador do Estado e atual secretário-geral do diretório estadual petista, pode ser obrigado a pagar multa e ainda ser condenado à pena de até cinco anos de reclusão.

O inquérito que aponta caixa 2 mostra que a campanha de Alexandre gerou dívidas de aproximadamente R$ 3,5 milhões. À Justiça Eleitoral, no entanto, o candidato derrotado confessou apenas rombo de R$ 964 mil. Conforme A Gazeta revelou com exclusividade, Alexandre confessou parte da dívida em documentos sigilosos encaminhados a nova executiva, presidida pela senadora Serys Marly. Só com o empresário e produtor de programas eleitorais Rodrigo Piovezan, Alexandre confessou dívidas de R$ 918 mil, apesar do débito não estar relacionado na prestação de contas entregue à Justiça.

Alexandre nega prática de caixa 2. Alega que houve uma confusão contábil ao se misturar contas da campanha com do diretório estadual. A confusão teria sido acarretada com orientação do ex-tesoureiro nacional do PT, Delúbio Soares, que prometeu arcar com os prejuízos após as eleições em todo o país.





Fonte: A Gazeta

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