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Serra decide dizer sim ao PSDB
O prefeito de São Paulo, José Serra, deve comunicar nos próximos dias ao presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), que aceita ser o candidato tucano para disputar as eleições presidenciais deste ano. A decisão foi tomada na Argentina, onde Serra passou o carnaval e continuava ontem. O prefeito deve dizer ainda que será candidato em qualquer circunstância, mesmo com índices desfavoráveis nas pesquisas, já que no momento o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece na frente em levantamentos feitos por diferentes institutos. A notícia foi confirmada ao GLOBO por cinco tucanos que conversaram com Serra nos últimos dias.
A formalização da pré-candidatura de Serra a Tasso faz parte de uma estratégia da cúpula do PSDB, que precisa ter um argumento concreto para conversar com o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que insiste em manter sua pré-candidatura. Até agora, o principal argumento de Alckmin é de que não pode sair da disputa pois é o único tucano que lançou seu nome para o partido como pré-candidato. Mas agora, com a decisão formal de Serra, Tasso terá um argumento para negociar uma decisão no partido.
Caso o impasse com Alckmin permaneça, Tasso cogita ampliar a consulta aos governadores do partido e aos principais líderes estaduais para que um grupo maior entre na negociação. Mas o trio tucano que está tratando da escolha do candidato do PSDB — formado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, pelo governador Aécio Neves (Minas) e por Tasso — quer evitar de qualquer jeito que a divisão no partido ultrapasse esse limite.
Prefeito cobrará unidade do partido
A conversa entre Serra e Tasso pode acontecer neste fim de semana. Mas Serra tenta ganhar tempo. Este, aliás, foi o motivo de ele não ter voltado ontem de Buenos Aires, como esperavam alguns assessores. Segundo um tucano próximo do prefeito, Serra deixará claro na conversa com Tasso que vai começar a disputa atrás nas pesquisas e que, por isso mesmo, precisará, mais do que nunca, da unidade do PSDB em torno da candidatura.
— Essa é uma decisão que precisa de muita coragem. É uma decisão de vida e que, por isso mesmo, não pode ser fruto de uma vontade pessoal — observou um cacique tucano aliado do prefeito.
Com a decisão de Serra, Tasso vai procurar Alckmin para apresentar os argumentos favoráveis à candidatura do prefeito de São Paulo. Hoje, Serra já tem o apoio da cúpula do partido e do principal aliado, o PFL. Além disso, o terceiro e mais forte argumento que deve ser apresentado por Tasso é de que Serra teria mais chances de enfrentar Lula, segundo as pesquisas.
O prefeito resistia a confirmar ao partido sua disposição para disputar a eleição porque queria que o PSDB tomasse essa decisão e tirasse Alckmin da jogada. O que não foi possível. Desde janeiro, Serra não esconde o constrangimento com a ofensiva do governador.
Numa estratégia agressiva para firmar seu nome no partido, os aliados de Alckmin começaram a cobrar publicamente de Serra o compromisso de que permaneceria na prefeitura caso fosse eleito. Até mesmo a viúva do ex-governador Mário Covas, dona Lila, chegou a dizer que Serra deveria ficar na prefeitura.
Semana passada, num almoço no Palácio dos Bandeirantes, a cúpula tucana reclamou com Alckmin da ofensiva de seus aliados. Tasso condenou as declarações do secretário de Educação, Gabriel Chalita, em defesa de Alckmin, e acrescentou que esse tipo de estratégia não contribuía para a unidade partidária. Desde aquele almoço, Alckmin passou a moderar o discurso, mas tem repetido que ainda é candidato e que, se necessário, disputará internamente com Serra.
A formalização da pré-candidatura de Serra a Tasso faz parte de uma estratégia da cúpula do PSDB, que precisa ter um argumento concreto para conversar com o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que insiste em manter sua pré-candidatura. Até agora, o principal argumento de Alckmin é de que não pode sair da disputa pois é o único tucano que lançou seu nome para o partido como pré-candidato. Mas agora, com a decisão formal de Serra, Tasso terá um argumento para negociar uma decisão no partido.
Caso o impasse com Alckmin permaneça, Tasso cogita ampliar a consulta aos governadores do partido e aos principais líderes estaduais para que um grupo maior entre na negociação. Mas o trio tucano que está tratando da escolha do candidato do PSDB — formado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, pelo governador Aécio Neves (Minas) e por Tasso — quer evitar de qualquer jeito que a divisão no partido ultrapasse esse limite.
Prefeito cobrará unidade do partido
A conversa entre Serra e Tasso pode acontecer neste fim de semana. Mas Serra tenta ganhar tempo. Este, aliás, foi o motivo de ele não ter voltado ontem de Buenos Aires, como esperavam alguns assessores. Segundo um tucano próximo do prefeito, Serra deixará claro na conversa com Tasso que vai começar a disputa atrás nas pesquisas e que, por isso mesmo, precisará, mais do que nunca, da unidade do PSDB em torno da candidatura.
— Essa é uma decisão que precisa de muita coragem. É uma decisão de vida e que, por isso mesmo, não pode ser fruto de uma vontade pessoal — observou um cacique tucano aliado do prefeito.
Com a decisão de Serra, Tasso vai procurar Alckmin para apresentar os argumentos favoráveis à candidatura do prefeito de São Paulo. Hoje, Serra já tem o apoio da cúpula do partido e do principal aliado, o PFL. Além disso, o terceiro e mais forte argumento que deve ser apresentado por Tasso é de que Serra teria mais chances de enfrentar Lula, segundo as pesquisas.
O prefeito resistia a confirmar ao partido sua disposição para disputar a eleição porque queria que o PSDB tomasse essa decisão e tirasse Alckmin da jogada. O que não foi possível. Desde janeiro, Serra não esconde o constrangimento com a ofensiva do governador.
Numa estratégia agressiva para firmar seu nome no partido, os aliados de Alckmin começaram a cobrar publicamente de Serra o compromisso de que permaneceria na prefeitura caso fosse eleito. Até mesmo a viúva do ex-governador Mário Covas, dona Lila, chegou a dizer que Serra deveria ficar na prefeitura.
Semana passada, num almoço no Palácio dos Bandeirantes, a cúpula tucana reclamou com Alckmin da ofensiva de seus aliados. Tasso condenou as declarações do secretário de Educação, Gabriel Chalita, em defesa de Alckmin, e acrescentou que esse tipo de estratégia não contribuía para a unidade partidária. Desde aquele almoço, Alckmin passou a moderar o discurso, mas tem repetido que ainda é candidato e que, se necessário, disputará internamente com Serra.
Fonte:
O Globo
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/315396/visualizar/
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