Prefeito não manda representante

Não anda nada amistosa a relação entre o governo do Estado e a prefeitura de Cuiabá. O Executivo da Capital não mandou nem um representante ontem para a inauguração do posto da Polícia Comunitária no bairro Jardim Vitória, considerado um dos mais violentos da Capital. A Câmara de Vereadores de Cuiabá também repetiu o mesmo gesto do Executivo. A Casa Civil do governo garante que enviou convite ao prefeito Wilson Santos, secretários municipais, à presidenta da Câmara dos Vereadores, Chica Nunes, e todo o conjunto de vereadores.

Apenas Eden Capistrano (PSB), neo-aliado do Executivo Estadual, compareceu ao evento, porém se mostrava mais interessado na parceria do seu partido com o governo. Mesmo assim não estava compondo o dispositivo de autoridades.

Questionado sobre a falta de participação de integrantes do staff do Executivo Municipal, o secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Antonio Pagot, disse apenas que considerava o fato estranho. Em seguida ponderou: “Às vezes eles deveriam ter outra agenda, muito embora a obra beneficie a população de Cuiabá”.

No discurso, o governador citou que a parceria com a prefeitura de Cuiabá continua e não apenas dedicava investimentos na Capital quando era administrada pelo seu correligionário, ex-prefeito Roberto França (PPS). Ainda na solenidade, o governador disse que também haverá para a comunidade investimentos da iniciativa privada. A Fundação André Maggi, sob o comando do Grupo Amaggi, segundo o chefe do Executivo, vai instalar a fábrica de leite de soja.

Blairo disse inclusive que já conversou com o prefeito Wilson Santos, porém não precisou data para a devida instalação da fábrica.

Também, segundo ele, já existem fábricas em Porto Velho (R0), Itacoatiara (AM) e Sapezal e Rondonópolis, ambas em Mato Grosso. Em todos esses lugares há investimentos do grupo.

A animosidade entre o prefeito e o secretário Pagot se acentuou ainda mais desde que foi desencadeada pelo chefe do Executivo municipal uma mobilização para atrair a fábrica da Petrobras para a Capital. O secretário considerou o movimento político e ainda criticou o prefeito por não reconhecer os esforços do governador Blairo Maggi para atrair a fábrica para Mato Grosso.