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Meio Ambiente
Sexta - 03 de Março de 2006 às 06:45

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Guatemala, 2 mar (EFE).- A ONU fez um alerta hoje à América Central para que se prepare para a temporada de furacões de 2006, que, segundo as previsões, deverá ser mais forte do que a do ano passado, que causou mais de 1.580 mortes na região. Ao término de uma reunião feita hoje na Guatemala - na qual foi avaliada a capacidade de atendimento em caso de desastres -, o secretário-geral adjunto da ONU para Assuntos Humanitários, Jan Egeland, disse que "infelizmente" há más notícias para este ano.

"Em 2006, virá uma temporada de desastres naturais maiores que em 2005, não só de chuvas torrenciais, mas também de seca", alertou o diretor da ONU, que lembrou que no ano passado houve 15 furacões, embora nem todos tenham alcançado a América Central.

Segundo o relatório divulgado ao final da reunião, durante o ano passado, a temporada de chuvas deixou 1.500 mortos na Guatemala, além de dois milhões de desabrigados.

Em El Salvador, houve registros de 20 mortes e de 123 mil pessoas tiveram que tiveram de abandonar suas casas, enquanto na Nicarágua 10 pessoas morreram e 9.970 ficaram desabrigadas.

Já em Honduras, ainda segundo o relatório, houve 40 mortes e 92.869 desabrigados.

Durante o encontro, organizado pela ONU e pelo Centro de Coordenação para a Prevenção de Desastres Naturais na América Central (Cepredenac), decidiu-se as linhas de ação preventiva que os países da área devem tomar entre março e junho.

Entre elas, estão a elaboração de planos de emergência e contingência, assim como o levantamento dos recursos materiais, técnicos e financeiros para fazer frente aos eventuais desastres.

Além disso, também foi estabelecida a criação de um plano de capacitação em todos os níveis, a realização de um estudo sobre a ajuda humanitária existente, a identificação das necessidades e a elaboração de planos para dar assistência aos desabrigados.

O secretário-executivo da Cepredenac, o panamenho David Smith, disse aos jornalistas que o mais importante para enfrentar os efeitos da temporada de furacões em 2006 é a criação de abrigos, o planejamento da evacuação e a divulgação dos planos de emergência existentes.

Smith acrescentou existir na região instrumentos que não têm sido aplicados durante as emergências, pois a cada ano há comunidades que sempre sofrem as seqüelas dos desastres e nem sequer conhecem as rotas de evacuação.

Segundo Egeland, devido à falta de planos de prevenção e evacuação, há 30 anos se registram na América Central e o Caribe uma média de 3.500 mortos anuais devido a desastres naturais.

O representante da ONU destacou ser necessário trabalhar na adaptação dos modelos de desenvolvimento para que a redução de riscos se transforme no centro das políticas de desenvolvimento sustentável.

tg mac/ag





Fonte: EFE

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