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Rapper Ferréz lança "Manual do Ódio" em Madri
Madri - O escritor e compositor de rap Ferréz lançou hoje em Madri seu segundo livro, Manual Práctico del Odio ("Manual do Ódio", no Brasil), uma história entre o policial e a denúncia social na qual o jovem autor mostra ao leitor a realidade das favelas.
Reginaldo Ferreira da Silva, mais conhecido como Ferréz, com uma linguagem rítmica e sincopada, com frases curtas e muitas vírgulas, conta a história de uma vida cuja dureza é, "sem dúvida, maior na realidade", explicou.
Por sua obra desfilam personagens que existem ou existiram antes de perder violentamente a vida e que, em busca do assalto perfeito, mergulham em uma trama sem volta.
"Na favela, você pode escolher entre tentar sobreviver vendendo refrigerante no sinal ou se dedicar à vida do crime", destacou o autor.
Ele contou que conseguiu escapar desse destino e que acredita que, nos bairros marginais das grandes cidades brasileiras, ainda há muito mais criminalidade do que descreve.
Ferréz, de 30 anos, ficou famoso por Capão Pecado em 2000, e já é referência em seu bairro, a favela do Capão Redondo, a mais perigosa do sul de São Paulo.
Alguns o comparam ao americano Michael Moore, mas Ferréz não concorda porque acha que, "com uma boa articulação política, é possível fazer mais".
Para ele, no Brasil, "a saída tem que ser através do povo", "é ele que tem que lutar, porque o sistema está podre, viciado", acrescentou.
Na sua opinião, Lula é apenas "a figura do presidente" que, "pouco pode fazer".
Ferréz pegou o caminho da literatura quando, na casa de um amigo, encontrou uma caixa cheia de livros e se apaixonou pela obra de Hermann Hesse, John Fante e Charles Bukowski. Mas as histórias em quadrinhos, a rua e o hip hop são suas grandes referências.
"O hip hop cumpre, entre nós, a função que, em outro momento, cumpriram os contadores de histórias na África ou na Ásia", concluiu.
Reginaldo Ferreira da Silva, mais conhecido como Ferréz, com uma linguagem rítmica e sincopada, com frases curtas e muitas vírgulas, conta a história de uma vida cuja dureza é, "sem dúvida, maior na realidade", explicou.
Por sua obra desfilam personagens que existem ou existiram antes de perder violentamente a vida e que, em busca do assalto perfeito, mergulham em uma trama sem volta.
"Na favela, você pode escolher entre tentar sobreviver vendendo refrigerante no sinal ou se dedicar à vida do crime", destacou o autor.
Ele contou que conseguiu escapar desse destino e que acredita que, nos bairros marginais das grandes cidades brasileiras, ainda há muito mais criminalidade do que descreve.
Ferréz, de 30 anos, ficou famoso por Capão Pecado em 2000, e já é referência em seu bairro, a favela do Capão Redondo, a mais perigosa do sul de São Paulo.
Alguns o comparam ao americano Michael Moore, mas Ferréz não concorda porque acha que, "com uma boa articulação política, é possível fazer mais".
Para ele, no Brasil, "a saída tem que ser através do povo", "é ele que tem que lutar, porque o sistema está podre, viciado", acrescentou.
Na sua opinião, Lula é apenas "a figura do presidente" que, "pouco pode fazer".
Ferréz pegou o caminho da literatura quando, na casa de um amigo, encontrou uma caixa cheia de livros e se apaixonou pela obra de Hermann Hesse, John Fante e Charles Bukowski. Mas as histórias em quadrinhos, a rua e o hip hop são suas grandes referências.
"O hip hop cumpre, entre nós, a função que, em outro momento, cumpriram os contadores de histórias na África ou na Ásia", concluiu.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/315474/visualizar/
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