PCdoB promove Seminário Eleitoral com críticas a Blairo Maggi

O Comitê Estadual do PCdoB/MT promove neste sábado (04), um Seminário Eleitoral que reunirá dirigentes estaduais, municipais e potenciais candidatos às eleições de outubro. O prefeito Zózimo Chaparral, de Barra do Garças, já confirmou presença.

O evento será realizado no auditório da Faculdade de Educação da UFMT e terá início às 9h, com um ato político reunindo representantes de partidos políticos. Ainda na parte da manhã, os comunistas debaterão as perspectivas da reeleição do Presidente Lula e o “Novo Projeto Mudancista para o Brasil”. No início da tarde, a pauta será sucessão estadual, correlação de forças, linhas gerais de um programa popular e política de alianças do PCdoB, encerrando-se com uma discussão sobre o projeto eleitoral do partido e candidaturas.

O presidente estadual do PCdoB, Miranda Muniz, ressalta que os principais objetivos do partido serão "a constituição de um palanque amplo de apoio à reeleição do Presidente Lula, o lançamento de candidaturas à Câmara Federal, visando contribuir para a superação da chamada cláusula de barreira, e a eleição de representantes para a Assembléia Legislativa".

No âmbito estadual "o PCdoB já manteve conversações institucionais com o PT, PL e PMDB e não descarta a formação de uma frente de pequenos partidos visando à eleição de deputados estaduais", informou o presidente.

Sobre a possibilidade de apoio a reeleição do governador Blairo Maggi, o comunista não a descarta, mas não a vê com muito entusiasmo, especialmente no primeiro turno, pois, segundo ele, "o governador sempre priorizou alianças com setores mais conservadores, a exemplo do PFL e PP. Além de que, afirma, de uma hora para outra, tem desferido ataques gratuitos e injustos ao governo federal".

Outros fatores que dificultam um possível apoio à reeleição seriam a falta de prioridade do governador com uma política social mais consistente, do combate às desigualdades regionais e o desenvolvimento de uma política ambiental de respeito ao meio ambiente. Na avaliação de Miranda Muniz, "O governador direciona as ações, prioritariamente, para o agronegócio, para as grandes monoculturas. Esse modelo é predatório, insustentável ecologicamente, vulnerável às oscilações dos mercados internacionais e tem demonstrado não ser a vocação de um Estado predominantemente amazônico. O Estado não pode viver de ciclos de crescimento e estagnação", frisa Muniz.

Logo após o término do Seminário, haverá uma reunião do Comitê Estadual para avaliar as discussões e deliberar encaminhamentos.