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Escavações descobrem 'Pompéia do Oriente'
Mais de 100 mil pessoas morreram quando o Monte Tambora entrou em erupção na ilha de Sumbawa, na Indonésia, em 1815.
Nas escavações, os cientistas descobriram pela primeira vez uma casa com dois ocupantes enterrados sob as cinzas, uma descoberta que está sendo chamada de a "Pompéia do Oriente".
Os cientistas dizem que tigelas de bronze, potes de cerâmica e outros artefatos descobertos oferecem nova visão sobre a cultura antiga da Indonésia.
Cuidado
"Existe potencial para que Tambora seja a Pompéia do Oriente e pode ser de grande interesse cultural", disse o professor Haraldur Sigurdsson, da Universidade de Rhode Island, nos Estados Unidos, que vem pesquisando a área há 20 anos.
"As pessoas, suas casas e cultura ainda estão encapsuladas lá, como estavam em 1815. É importante que mantenhamos aquela cápsula intacta, abrindo com muito cuidado."
O vilarejo perdido foi descoberto por Sigurdsson e colegas da Universidade de North Carolina, nos Estados Unidos, e do Diretorado de Vulcanologia da Indonésia durante escavações em 2004.
Eles exploraram um canal na selva, cavando um profundo depósito de rochas e cinzas vulcânicas, onde um guia disse que pessoas da região tinham descoberto objetos antigos.
As primeiras evidências do vilarejo – cacos de cerâmica, madeira carbonizada e fragmentos de ossos – foram encontrados rapidamente. Usando um radar para detectar imagens subterrâneas, eles conseguiram localizar uma casa enterrada a 3 metros e começaram as escavações.
"A casa estava totalmente carbonizada", disse o professor Sigurdsson à BBC.
"Mas dentro havia dois corpos, também queimados ou carbonizados, e todos os seus pertences. O resto da cidade ainda está lá embaixo."
Os objetos descobertos até agora, particularmente os objetos de bronze, sugerem que os habitantes de Tambora eram ricos e tinham ligações com o Vietnã e o Cambodja.
A língua deles provavelmente era relacionada com as do grupo de línguas do Mon-Khmer que atualmente estão espalhadas pelo Sudeste da Ásia. A cratera do Tambora é vista do espaço
O professor pretende voltar ao vilarejo no próximo ano para procurar por um grande palácio de madeira que, ele acredita, estaria enterrado lá.
Os registros sugerem que a erupção do Monte Tambora foi uma das mais violentas da história da humanidade.
A explosão ocorreu em abril de 1815, afetando uma enorme área, incluindo as ilhas Maluku, Java, e regiões de Bali e Lombok.
Cerca de 10 mil pessoas foram mortas pelo rio de lava, pedras, cinzas e gás. Cerca de 117 mil morreram no total por causa de epidemias e escassez de alimentos por destruição de colheitas.
O ano de 1816 ficou conhecido como o "ano sem verão" por causa do resfriamento global que se seguiu à erupção, devido à emissão de enormes quantidades de cinzas vulcânicas na atmosfera.
Nas escavações, os cientistas descobriram pela primeira vez uma casa com dois ocupantes enterrados sob as cinzas, uma descoberta que está sendo chamada de a "Pompéia do Oriente".
Os cientistas dizem que tigelas de bronze, potes de cerâmica e outros artefatos descobertos oferecem nova visão sobre a cultura antiga da Indonésia.
Cuidado
"Existe potencial para que Tambora seja a Pompéia do Oriente e pode ser de grande interesse cultural", disse o professor Haraldur Sigurdsson, da Universidade de Rhode Island, nos Estados Unidos, que vem pesquisando a área há 20 anos.
"As pessoas, suas casas e cultura ainda estão encapsuladas lá, como estavam em 1815. É importante que mantenhamos aquela cápsula intacta, abrindo com muito cuidado."
O vilarejo perdido foi descoberto por Sigurdsson e colegas da Universidade de North Carolina, nos Estados Unidos, e do Diretorado de Vulcanologia da Indonésia durante escavações em 2004.
Eles exploraram um canal na selva, cavando um profundo depósito de rochas e cinzas vulcânicas, onde um guia disse que pessoas da região tinham descoberto objetos antigos.
As primeiras evidências do vilarejo – cacos de cerâmica, madeira carbonizada e fragmentos de ossos – foram encontrados rapidamente. Usando um radar para detectar imagens subterrâneas, eles conseguiram localizar uma casa enterrada a 3 metros e começaram as escavações.
"A casa estava totalmente carbonizada", disse o professor Sigurdsson à BBC.
"Mas dentro havia dois corpos, também queimados ou carbonizados, e todos os seus pertences. O resto da cidade ainda está lá embaixo."
Os objetos descobertos até agora, particularmente os objetos de bronze, sugerem que os habitantes de Tambora eram ricos e tinham ligações com o Vietnã e o Cambodja.
A língua deles provavelmente era relacionada com as do grupo de línguas do Mon-Khmer que atualmente estão espalhadas pelo Sudeste da Ásia. A cratera do Tambora é vista do espaço
O professor pretende voltar ao vilarejo no próximo ano para procurar por um grande palácio de madeira que, ele acredita, estaria enterrado lá.
Os registros sugerem que a erupção do Monte Tambora foi uma das mais violentas da história da humanidade.
A explosão ocorreu em abril de 1815, afetando uma enorme área, incluindo as ilhas Maluku, Java, e regiões de Bali e Lombok.
Cerca de 10 mil pessoas foram mortas pelo rio de lava, pedras, cinzas e gás. Cerca de 117 mil morreram no total por causa de epidemias e escassez de alimentos por destruição de colheitas.
O ano de 1816 ficou conhecido como o "ano sem verão" por causa do resfriamento global que se seguiu à erupção, devido à emissão de enormes quantidades de cinzas vulcânicas na atmosfera.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/316065/visualizar/
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