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Garota da favela brilha na Viradouro
Rio de Janeiro - A garota da lage, personagem típica da favela carioca, ganhou muito mais do que 15 minutos de fama. Brilhou no carro mais realista da Viradouro, que contou a evolução da arquitetura brasileira. De biquíni, "pegando sol" em tanques de plástico, dividiu espaço com barracos, "gatos" e pichações. E nem se assustou com os fogos que, vez por outra, estouravam - uma referência aos rojões que os traficantes costumam soltar para avisar que a polícia está na área.
O Rio foi lembrado, diversas vezes, no enredo "Arquitentado folias". Um dos carros alegóricos simbolizava o Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Niterói, obra de Oscar Niemeyer. Um outro representava a Ilha Fiscal e, ainda, o Teatro Municipal. Em uma das alas, os componentes vestiam mantos que traziam fotos da antiga Avenida Central, tiradas por Augusto Malta.
A tragédia ocorrida em 1998, o Palace II, que desabou matando oito pessoas, ressurgiu em uma das alegorias. Terceira escola a desfilar, a Viradouro empolgou o público com as paradinhas da bateria, comandada por Mestre Ciça. Durante a pausa, parte dos componentes ajoelhavam enquanto outra erguia os instrumentos, fazendo o desenho de uma régua T, de arquiteto.
Os ritmistas fizeram ainda uma coreografia para dar passagem à rainha Juliana Paes. Ela esbanjou simpatia, mas economizou muito no samba. "Passei o ano todo me preparando. A minha função é levantar a arquibancada", disse, ainda na concentração. Os traços dos arquitetos foram também a marca das roupas da comissão de frente, sob o comando da bailarina Deborah Colker e do diretor de teatro Ulysses Cruz, pela terceira vez na Viradouro, escola de Niterói.
Formado por 15 componentes, eles representavam momentos do cotidiano das metrópoles, por meio de um entra e sai em portas espelhadas, que deslizavam pela avenida.
Ao fim do desfile, o carnavalesco Milton Cunha estava exultante. "Foi um orgasmo", resumiu, dizendo que um dos momentos mais complicados para ele foi representar o carro da favela. "Fazer carnaval com plumas e paetês, mostrando o MAC, outras obras da arquitetura, é fácil. Difícil é mostrar a realidade".
Emocionado, o presidente da escola, Marco Lira, que está há apenas quatro meses no cargo, contou que, na véspera da apresentação, enfrentou dificuldades com o carro da favela. "Foi um defeito na embreagem. Mas, graças a Deus, conseguimos resolver o problema a tempo", disse ele, que, ao anunciar a entrada da Viradouro na avenida, fez uma homenagem a José Carlos Monassa, por 16 anos presidente da escola, morto no ano passado.
O Rio foi lembrado, diversas vezes, no enredo "Arquitentado folias". Um dos carros alegóricos simbolizava o Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Niterói, obra de Oscar Niemeyer. Um outro representava a Ilha Fiscal e, ainda, o Teatro Municipal. Em uma das alas, os componentes vestiam mantos que traziam fotos da antiga Avenida Central, tiradas por Augusto Malta.
A tragédia ocorrida em 1998, o Palace II, que desabou matando oito pessoas, ressurgiu em uma das alegorias. Terceira escola a desfilar, a Viradouro empolgou o público com as paradinhas da bateria, comandada por Mestre Ciça. Durante a pausa, parte dos componentes ajoelhavam enquanto outra erguia os instrumentos, fazendo o desenho de uma régua T, de arquiteto.
Os ritmistas fizeram ainda uma coreografia para dar passagem à rainha Juliana Paes. Ela esbanjou simpatia, mas economizou muito no samba. "Passei o ano todo me preparando. A minha função é levantar a arquibancada", disse, ainda na concentração. Os traços dos arquitetos foram também a marca das roupas da comissão de frente, sob o comando da bailarina Deborah Colker e do diretor de teatro Ulysses Cruz, pela terceira vez na Viradouro, escola de Niterói.
Formado por 15 componentes, eles representavam momentos do cotidiano das metrópoles, por meio de um entra e sai em portas espelhadas, que deslizavam pela avenida.
Ao fim do desfile, o carnavalesco Milton Cunha estava exultante. "Foi um orgasmo", resumiu, dizendo que um dos momentos mais complicados para ele foi representar o carro da favela. "Fazer carnaval com plumas e paetês, mostrando o MAC, outras obras da arquitetura, é fácil. Difícil é mostrar a realidade".
Emocionado, o presidente da escola, Marco Lira, que está há apenas quatro meses no cargo, contou que, na véspera da apresentação, enfrentou dificuldades com o carro da favela. "Foi um defeito na embreagem. Mas, graças a Deus, conseguimos resolver o problema a tempo", disse ele, que, ao anunciar a entrada da Viradouro na avenida, fez uma homenagem a José Carlos Monassa, por 16 anos presidente da escola, morto no ano passado.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/316171/visualizar/
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