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Politica Brasil
Sábado - 25 de Fevereiro de 2006 às 09:19

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Já que ficou para depois do Carnaval a decisão de quem será o candidato do PSDB à Presidência da República, os nomes da sigla mais cotados para a disputa - o prefeito de São Paulo, José Serra, e o governador do Estado, Geraldo Alckmin, - optaram pela trégua no sambódromo paulistano durante o desfile das escolas de samba da cidade que teve início na noite de sexta-feira.

Tucanos pressionam para que candidato saia até dia 15 "Hoje dupla não tem nada de Geraldo nem Serra. Aqui é só colombina e pierrot", disse Alckmin, ex-membro do bloco carnavalesco Lero, do município paulista de Pindamonhangaba, antes de entrar no camarote da Ppefeitura no sambódromo.

Serra, convidado mais esperado do espaço da administração municipal, chegou perto das 23h20, acompanhado pela esposa e pela filha. O anfitrião Serra, que diferentemente do atual governador paulista nunca desfilou nas ruas envolvido em lençóis e com um arremedo de samambaia na cabeça -características principais do Lero - desconversou quando perguntado sobre a disputa de bastidores que trava com Alckmin.

"De Carnaval vocês (jornalistas) não querem falar, mas eu quero. Hoje é dia de festa, de brincadeira e de alegria. Não é para falar de política", afirmou o prefeito depois de sair do camarote no qual já havia entrado por uma porta lateral.

Tapas nas costas Assim que se viram, Serra e Alckmin se cumprimentaram afetuosamente, com direito a tapinhas nas costas um do outro. "Eles se respeitam muito", comentou o presidente da Assembléia Estadual de São Paulo, o pefelista Rodrigo Garcia. Com ar sereno, o subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, disse que os dois "são amigos e se admiram".

Apesar da cordialidade, Serra e Alckmin acabaram tomando lados distintos do camarote, minutos depois. Tiravam fotos com eleitores, conversavam com os mais próximos e observavam a passagem das escolas. Nessa ordem.

Nas arquibancadas Diante do espaço da prefeitura, tanto Alckmin como Serra foram recebidos com afeto pela maioria dos presentes, sem vantagem clara para nenhum dos dois. "Os dois merecem ser bastante aplaudidos, eu gosto bastante deles e aplaudi quando veio o Alckmin e quando veio o Serra", afirmou a aposentada Iolanda Mathias, 73. "Esse negócio de briga para ser presidente é besteira, os dois são bons e é isso que importa".

O estudante de administração Alexandre Rubinato, 22, acredita que Serra foi o mais ovacionado, opinião diferente da advogada Alberta Melo, 38, sua namorada. "Acho que aplaudiram mais o Serra, foi um estardalhaço assim que ele entrou", opinou Rubinato. A namorada questiona: "Aplaudiram o Serra porque ele foi anunciado. O Alckmin não fez barulho e, levando isso em conta, as pessoas pareceram responder mais".

O governador paulista e pré-candidato a presidente pelo PSDB disse que estará no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro no domingo. O prefeito de São Paulo ainda não tem agenda definida.





Fonte: Reuters

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