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Quarta - 09 de Janeiro de 2013 às 14:33
Por: Edilson Almeida

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O prefeito Mauro Mendes continua vivendo momentos de grande turbulência nesse início de Governo. Por sua própria obra, diga-se de passagem: permitiu que o seu antecessor, Francisco Galindo, autorizasse o aumento das tarifas de ônibus e reajustasse em 25% o Imposto Predial e Territorial Urbanos. Agora, paga o preço do desgaste: a população quer a revogação dos dois atos. Entre outros, ouviu nesta quarta-feira, 9, um ‘panelaço’ na frente do Palácio Alencastro - modalidade de protesto que está se tornando comum na cidade. 
 
Do alto de seus votos, no entanto, Mendes resiste e garante: não mexerá em nenhum dos casos. O prefeito já disse que o aumento da tarifa nos transportes coletivos foi legal. Para justificar o aumento, as empresas alegam aumento no valor do combustível, o óleo diesel menos poluente, que seria 23% mais caro que o comum, e reajuste do salário dos empregados.
 
“Não é uma vontade do prefeito, não depende de mim. Existe um contrato de concessão, e o reajuste tem que ser feito de acordo com a lei” – disse o prefeito, ao justificar sua decisão.
 
Estudantes, líderes sindicais e trabalhadores participaram do movimento contra o reajusta da passagem.  Na frente do Palácio Alencastro, policiais militares tentavam conter a entrada dos manifestantes. Cerca de 30 PMs foram mobilizados. Os protestantes queriam conversar com o prefeito, que  não se manifestou.  Uma carta aberta será entregue ao prefeito, com críticas ao sistema, considerado precário.
 
Eduardo Matos, um dos organizadores do protesto, prometeu implementar os protestos, aumentando a ênfase.  “Vamos fazer atos com maior mobilização, aproveitando a volta às aulas dos estudantes. Se o prefeito continuar inacessível, vamos ocupar as ruas e vamos dar um basta na ‘ladroagem’ dos transportes”, afirmou.
 
Além dos protestos estudantis e populares contra a alta na tarifa de ônibus decretada por Chico Galindo na “calada da noite”, Mendes enfrentará um movimento mais forte a partir de agora: dos empresários e dos vereadores. O movimento é contra o aumento do IPTU, em 25%. O reajuste foi determinado na gestão de Chico Galindo, mas com anuência de Mendes. Mais que “bancar” o aumento, Mendes ainda promteu cobrança implacável aos inadimplentes.
 
 “Cuiabá tem um das alíquotas de IPTU mais baixas das 27 capitais brasileiras” – justsificou o prefeito. Mendes fez questão de distribuir cópia do ranking em que Cuiabá figura em 22º lugar na categoria residencial e em 25ª na comercial no valor do imposto cobrado. Num discurso mais apelativo, Mendes diz que  sem dinheiro não se faz nada: “O prefeito não é um milagreiro, tem que ser bom administrador dos recursos existentes. Não conhecemos, com profundidade, o que foi feito pela legislatura e gestão anteriores” – disse. A Prefeitura projeta arrecadar R$ 85 milhões de IPTU.
 
O primeiro vice-presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Onofre Junior (PSB), anunciou que  estará reunido, na tarde desta quarta-feira, com  os  diretores  da Câmara de Dirigentes  Lojistas de Cuiabá (CDL) para discutir sobre  o aumento de 25%  no Imposto Predial e  Territorial Urbano (IPTU)  da Capital, aprovado no fim do ano passado. A reunião será no Gabinete da Presidência, a partir das 15 horas.






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