Repórter News - reporternews.com.br
Síndrome da Síndrome
Recentemente escrevi o artigo “Homens com tecla SAP” que, por sinal, foi bem aceito e elogiado e, talvez por isso, ou por coincidência, em seguida, recebi uma mensagem de uma leitora que pedia que eu explicasse o que é "Síndrome de Peter Pan" Respondi-lhe de forma simplificada, dizendo que esta síndrome nada mais é do que a imaturidade numa idade considerada madura. É quando um indivíduo já tem idade suficiente para ser considerado maduro, mas continua agindo no meio social de forma imatura. Foi descrita pelo Terapeuta Dr. Dan Kiley e é atribuída somente aos homens, que, diante de relacionamentos amorosos colocam regras de acordo com suas vontades, mantendo distância, não compartilhando os sentimentos, agindo de maneira egoísta, e mais algumas reações nesta linha narcisista, daí nomeá-la Síndrome de Peter Pan que buscava ouvir histórias de si mesmo, para reforçar suas projeções de perfeições, o narcisismo protegia-o da solidão e do medo. Mas frisei que a imaturidade emocional não é só própria dos homens e pode ser característica de muitos outros distúrbios, não necessariamente de Peter Pan.
Bem, eu resumi a síndrome dessa forma, mas seguindo pelas descrições relatadas nas características dessa síndrome, são tantos os sintomas e reações que, praticamente, todos os homens (e até as mulheres) se enquadram nisso. Na minha resposta, eu também disse que acho que, ao invés de classificar-se tantas síndromes, melhor seria que os profissionais estudassem as já existentes e encontrassem, de fato, a cura ou, ao menos, o controle para elas.
Na verdade, usei a Síndrome de Peter Pan por que a leitora pediu uma explicação, mas são muitos os distúrbios e síndromes, já descritos, que apresentam sintomas parecidos ou tão abrangentes que fica impossível não se identificar qualquer pessoa, mesmo considerada normal, em ao menos, três ou mais características descritas, o que já torna preocupante, pois coloca qualquer pessoa próxima de ser considerada meio desequilibrada.
Se eu quisesse classificar uma série de novas síndromes e distúrbios, teria muitas opções dentro dos casos raros que já atendi, mas sempre preferi pesquisar tratamentos e buscar resultados no controle e cura, e não ficar inventando novos nomes e ramificações.
Diante disso, parece-me que está surgindo, ou já surgiu, uma nova síndrome que pode, tranqüilamente, ser classificada como “Síndrome da Síndrome”, uma necessidade exagerada que alguns estudiosos têm de colocar seu nome em alguma descoberta, mesmo que, aos olhos dos mais letrados, fique claro que a grande descoberta nada mais é do que uma ramificação ou extensão de algum distúrbio já descrito. Parece-me que, dessa vez, o narcisismo parte dos próprios profissionais que necessitam desesperadamente classificar algo ou alguém para terem seus nomes citados como descobridores ou classificadores dentro da pesquisa científica. Para deixarem sua marca na trajetória da Literatura, como se isso fosse a glória e o máximo que um profissional de saúde pode almejar, quando, na verdade, a grande glória seria (ou é) encontrar o controle ou cura para os distúrbios.
Necessidade exagerada de “descobrir” um novo distúrbio pode ser considerada como real narcisismo e imaturidade de quem demonstra essa necessidade, por isso, passa da hora dos profissionais conscientizarem-se de que, nem todos são ingênuos e, portanto, facilmente manipuláveis. Está na hora dos bons profissionais unirem-se não para demonstrar novos distúrbios para os velhos sintomas mas para mostrar novas curas para os velhos distúrbios, um novo hospital para uma nova doença, mas, acima de tudo, um novo profissional para a doença que já existe, independentemente das classificações. Só assim conseguiremos deixar nossa marca na Literatura, como profissionais que encontraram curas e não como narcisistas que encontraram inúmeros nomes, classificaram inúmeros distúrbios sem, no entanto, curar nenhum deles.
OBS: Esclarecerei dúvidas, na medida do possível, através do e-mail: draloudeolivier@terra.com.br
Dra. Lou de Olivier – Psicopedagoga e Multiterapeuta.
Bem, eu resumi a síndrome dessa forma, mas seguindo pelas descrições relatadas nas características dessa síndrome, são tantos os sintomas e reações que, praticamente, todos os homens (e até as mulheres) se enquadram nisso. Na minha resposta, eu também disse que acho que, ao invés de classificar-se tantas síndromes, melhor seria que os profissionais estudassem as já existentes e encontrassem, de fato, a cura ou, ao menos, o controle para elas.
Na verdade, usei a Síndrome de Peter Pan por que a leitora pediu uma explicação, mas são muitos os distúrbios e síndromes, já descritos, que apresentam sintomas parecidos ou tão abrangentes que fica impossível não se identificar qualquer pessoa, mesmo considerada normal, em ao menos, três ou mais características descritas, o que já torna preocupante, pois coloca qualquer pessoa próxima de ser considerada meio desequilibrada.
Se eu quisesse classificar uma série de novas síndromes e distúrbios, teria muitas opções dentro dos casos raros que já atendi, mas sempre preferi pesquisar tratamentos e buscar resultados no controle e cura, e não ficar inventando novos nomes e ramificações.
Diante disso, parece-me que está surgindo, ou já surgiu, uma nova síndrome que pode, tranqüilamente, ser classificada como “Síndrome da Síndrome”, uma necessidade exagerada que alguns estudiosos têm de colocar seu nome em alguma descoberta, mesmo que, aos olhos dos mais letrados, fique claro que a grande descoberta nada mais é do que uma ramificação ou extensão de algum distúrbio já descrito. Parece-me que, dessa vez, o narcisismo parte dos próprios profissionais que necessitam desesperadamente classificar algo ou alguém para terem seus nomes citados como descobridores ou classificadores dentro da pesquisa científica. Para deixarem sua marca na trajetória da Literatura, como se isso fosse a glória e o máximo que um profissional de saúde pode almejar, quando, na verdade, a grande glória seria (ou é) encontrar o controle ou cura para os distúrbios.
Necessidade exagerada de “descobrir” um novo distúrbio pode ser considerada como real narcisismo e imaturidade de quem demonstra essa necessidade, por isso, passa da hora dos profissionais conscientizarem-se de que, nem todos são ingênuos e, portanto, facilmente manipuláveis. Está na hora dos bons profissionais unirem-se não para demonstrar novos distúrbios para os velhos sintomas mas para mostrar novas curas para os velhos distúrbios, um novo hospital para uma nova doença, mas, acima de tudo, um novo profissional para a doença que já existe, independentemente das classificações. Só assim conseguiremos deixar nossa marca na Literatura, como profissionais que encontraram curas e não como narcisistas que encontraram inúmeros nomes, classificaram inúmeros distúrbios sem, no entanto, curar nenhum deles.
OBS: Esclarecerei dúvidas, na medida do possível, através do e-mail: draloudeolivier@terra.com.br
Dra. Lou de Olivier – Psicopedagoga e Multiterapeuta.
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/317823/visualizar/
Comentários