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Politica Brasil
Terça - 21 de Fevereiro de 2006 às 06:57

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As denúncias que chegam até a Ouvidoria Geral do Estado, na maioria das vezes, são mais graves do que as denúncias feitas diretamente à polícia, por isso, a maioria delas é feita de forma anônima. Os casos mais comuns que chegam até o órgão são relacionados a abuso de policiais e à extorsão do fisco.

Segundo o ouvidor-geral Gilson de Barros, a OGE trabalha em conjunto com a polícia fazendária, que é acionada pela própria Ouvidoria ou pela Secretaria de Fazenda. Há ainda o serviço secreto da Polícia Militar, conhecido como P2, que atua em conjunto com a OGE.

“Esses bandidos não são os bandidos contra os quais a PM (Polícia Militar) trabalha, são mais pesados”, ressaltou Barros. O ouvidor explicou ainda que as investigações da Ouvidoria são sigilosas. “Aquela verdade divulgada à imprensa é a divulgável, mas existe a verdade verdadeira, que em determinado momento não pode ser noticiada. Não é porque o governo esteja escamoteando, mas porque na maioria das vezes o que se está investigando é apenas a ponta do iceberg”, acrescentou.

Exemplo de investigação que iniciou na Ouvidoria, segundo Gilson de Barros, é a que culminou com o indiciamento e a prisão do ex-presidente da extinta Imprensa Oficial do Estado (Iomat), Cláudio Pires, por crime de peculato. O processo contra Pires e contra a ex-diretora financeira, Dilma Cursino, corre na 5ª Vara Criminal de Cuiabá.

Mas a Ouvidoria não recebe apenas denúncias, segundo Gilson de Barros, muitas ações implantadas pelo governo do Estado tiveram origem em sugestões apresentadas pela comunidade por meio da Ouvidoria. (MR)





Fonte: Diário de Cuiabá

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