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Politica Brasil
Sábado - 18 de Fevereiro de 2006 às 07:27

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“Candidatura ao Senado tem que ser exaustivamente debatida entre os partidos aliados”. Esse é o entendimento do governador Blairo Maggi, que mesmo admitindo que “preferencialmente” seu candidato a senador é o deputado Pedro Henry (PP), assumiu um posicionamento que será divisor de águas para efeito de coligação: quer a pulverização de candidaturas. “Cada partido tem que lançar seu nome (ao Senado). Vou trabalhar nessa linha”, revelou, momentos após inaugurar uma escola em Sorriso.

O posicionamento de Maggi coincide com a proposta apresentada pelo chefe da Casa Civil, Luiz Antonio Pagot, que por muito tempo insistiu na pulverização, mas que foi sufocado pelas duas principais correntes de apoio ao governador: o PFL, que fincou posição em defesa do ex-governador Jaime Campos, e o PP, que fechou questão com Pedro Henry.

Maggi ponderou que os partidos aliados devem aguardar pela decisão de Pedro Henry de se candidatar ou não. “O Pedro (Henry) somente não será candidato se não quiser ou não puder”, analisou. O governador ratificou que tem compromisso eleitoral com Henry, porém, pronunciando cautelosas frases, argumentou que “dentro dos partidos aliados existem interesses por candidaturas próprias que serão avaliadas”.

A definição de candidatura ao Senado -- no entendimento de Maggi -- é complexa por duas razões: passa pela extinção ou continuidade da verticalização e pelas questões partidárias. Porém o governador não condicionou nenhuma delas à exigência do PFL para que Jaime Campos seja o único candidato ao Senado na aliança governista.

O posicionamento de Maggi em defesa da pulverização das candidaturas tromba com a decisão partidária do PFL, que não abre mão de Jaime Campos. E esbarrar com os pefelistas não interessa ao PPS.

O problema da pulverização requer uma complexa engenharia política, porque em caso de vários candidatos Jaime Campos e o senador Jonas Pinheiro (PFL) rompem a coligação que ajudou a eleger Maggi em 2002 - o mesmo aconteceria se o governador optar por Henry como único candidato do grupo. Ainda em caso de mais de um candidato, Henry certamente reveria a aliança que mantém com o PPS.

“Tranqüilo”. É assim que se sente Maggi, após assumir a nova linha. Essa tranqüilidade é reforçada pela convicção que demonstra sobre a manutenção da quebra da verticalização, que alargaria os horizontes para a pulverização.

Sobre o companheiro de chapa para a campanha pela reeleição, Maggi faz suspense. Com paciência beneditina, costura primeiro a questão do Senado, pois sabe que o frigir dos ovos da luta por oito anos no Congresso ajudará na definição do nome com o perfil ideal para substituir a vice-governadora Iraci França.




Fonte: Diário de Cuiabá

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