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Politica Brasil
Sexta - 17 de Fevereiro de 2006 às 19:00

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O Governo do Estado dá mais um passo para tirar os camelôs da informalidade. Neste sentido, o presidente da MT Fomento, Éder Moraes Dias, esteve reunido nesta sexta-feira (17.02) com dirigentes da associação dos comerciantes do Shopping Popular, Sindicato dos Taxistas e União Coxipoense de Associações de Moradores (Ucam), em Cuiabá, para anunciar um financiamento de R$ 800 mil para a cooperativa criada por eles para importar legalmente produtos do exterior.

"A MT Fomento será o agente financiador desse processo. A partir da cooperativa instituída por essas entidades, nós vamos fazer um empréstimo de R$ 800 mil reais para que eles façam a importação direta da China de todos os produtos que comercializam em suas bancas, no Shopping Popular”, afirmou. Éder explicou que com esta nova condição de legalizados e regularizados na Receita Federal, os camelôs deixarão de correr o risco de ter suas mercadorias apreendidas, pois estarão trabalhando com o selo da MT Fomento.

Ele informou que a importação será toda realizada a partir do Porto Seco do Distrito Industrial de Cuiabá, onde eles receberão os containeres com as mercadorias adquiridas. Atualmente existem cerca de 900 comerciantes dessa modalidade de comércio no Estado de Mato Grosso, segundo a associação do Shopping Popular. Porém, apenas os da Capital já se organizaram em cooperativa, condição exigida para o financiamento e atividade de comercialização de produtos importados. O presidente da MT Fomento lembrou que todo o processo de documentação para a liberação do recurso já se encontra bastante avançado e teve início com a aprovação por unanimidade, no último dia 24 de janeiro da resolução número 017/06 do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Condeprodemat). Na ocasião, o Condeprodemat estabeleceu a tributação do setor a uma alíquota de apenas 3% de ICMS, para incentivo à comercialização legal dos produtos.

"A relação custo-benefício disso, é bastante interessante, porque o camelô sai daqui para ir até a Bolívia, Paraguai, as regiões de fronteira, gerando desconforto, correndo riscos de ter sua mercadoria apreendida, além de gastos com alimentação, passagem, estadia, etc. Então, todos estes problemas serão eliminados, com o financiamento para esta cooperativa", ressaltou Éder Dias. Neste primeiro credito, a MT Fomento dará um prazo de 120 dias, para que se houver algum contratempo, o comerciante popular informal possa se reorganizar.

"A taxa de juros de financiamento gira em torno de 1,8% e 2% ao mês, mas diante da margem de lucro que eles têm em cada produto é perfeitamente assimilável a taxa de juros de 2% mais 3% de impostos. Isso é muito melhor do que correr o risco de ter todas as suas mercadorias apreendidas", disse Éder. Segundo o presidente, a tendência é chegar a R$ 2 milhões de financiamentos para os camelôs. Por enquanto é um projeto piloto, somente para os camelôs de Cuiabá.

"Aqueles que ainda estão buscando mercadoria em região de fronteira vão entender que precisam se adaptar fazer parte desse novo contexto. É um projeto sui-generis é o único no país. Já discutimos com o BB e com Porto Seco e com as Secretarias envolvidas e vamos fazer sem nenhum problema esse modelo de financiamento", garantiu. Éder afirmou ainda que assim que for aprovado pela classe, este projeto de financiamento deverá ser ampliado para todo o Estado. "Já discutimos com o BB, com Porto Seco e com as secretarias envolvidas e vamos fazer sem nenhum problema esse modelo de financiamento", finalizou.





Fonte: Secom - MT

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