Repórter News - reporternews.com.br
Evolução pode ser mais rápida do que se imaginava
Washington - Na história da vida que a ciência derivou de fósseis marinhos de meio bilhão de anos atrás, são necessários de 5 a 10 milhões de anos para novas espécies substituírem as perdidas em extinções. Essa é uma má notícia para uma biosfera atingida pela extinção em massa induzida pelo homem. Mas, agora, pesquisadores deram uma nova olhada nos fósseis após uma tentativa de remover algumas imperfeições e concluíram que não há nenhum semáforo darwiniano segurando o desenvolvimento da vida, informa o website ScienceNow.
O estudante de graduação em física de Harvard, Peter Lu, aprendeu sobre os dados de fósseis marinhos compilados pelo paleontologista Jack Sepkoski enquanto tinha lições com o biólogo evolucionista Charles Marshall, também em Harvard. As informações cruas de Sepkoski já tinham sido analisadas pelo geocientista James Kirchner da Universidade da Califórnia e pela paleontóloga Anne Weil da Universidade Duke, na Carolina do Norte. Seus resultados sugeriram que o mundo pós-extinção é um meio ambiente pouco propício para a vida por milhões de anos.
O colega de quarto de Lu em Harvard, Motohiro Yogo, agora economista na Escola Wharton da Universidade da Pensilvânia, teve outra idéia: por que não analisar os registros da vida usando uma técnica comumente aplicada para prever o mercado de ações, ou projetar o futuro da economia a partir dos comportamentos anteriores? Quando aplicada aos registros de Sepkoski, a técnica sugeriu a mesma inércia evolutiva que Kirchner e Weil haviam encontrado.
A equipe de Harvard analisou então uma versão modificada dos dados. O paleontólogo Michael Foote, de Universidade de Chicago, havia tentado levar em consideração as variações conhecidas no registro fóssil, como a quantidade de rochas contendo fósseis encontradas em diferentes intervalos geológicos de tempo. Com essas revisões, ´o limite de velocidade desaparece´, disse Lu. No geral, não existe atraso entre a extinção e a recuperação, embora haja exceções, como o período depois da extinção permotriássica.
As descobertas aparecem na edição do dia 21 de fevereiro da Proceedings of the National Academy of Sciences.
Os novos resultados ´fazem muito mais sentido, biologicamente falando, que o atraso´ na recuperação, disse o paleontólogo Douglas Erwin do Museu Nacional de História Natural em Washington. Mas Kirchner alerta que é muito difícil definir se as descobertas são reais ou artificiais. ´Os intervalos de erros podem ser grandes´. Ainda assim, o paleontólogo Steven Holland da Universidade da Geórgia disse que ´esta é a linha de batalha para a paleontologia na próxima década´. ´Veremos uma nova onda de análises que levarão a incompletude dos registros dos fósseis em consideração. Nossa visão dos padrões evolutivos vai mudar´.
O estudante de graduação em física de Harvard, Peter Lu, aprendeu sobre os dados de fósseis marinhos compilados pelo paleontologista Jack Sepkoski enquanto tinha lições com o biólogo evolucionista Charles Marshall, também em Harvard. As informações cruas de Sepkoski já tinham sido analisadas pelo geocientista James Kirchner da Universidade da Califórnia e pela paleontóloga Anne Weil da Universidade Duke, na Carolina do Norte. Seus resultados sugeriram que o mundo pós-extinção é um meio ambiente pouco propício para a vida por milhões de anos.
O colega de quarto de Lu em Harvard, Motohiro Yogo, agora economista na Escola Wharton da Universidade da Pensilvânia, teve outra idéia: por que não analisar os registros da vida usando uma técnica comumente aplicada para prever o mercado de ações, ou projetar o futuro da economia a partir dos comportamentos anteriores? Quando aplicada aos registros de Sepkoski, a técnica sugeriu a mesma inércia evolutiva que Kirchner e Weil haviam encontrado.
A equipe de Harvard analisou então uma versão modificada dos dados. O paleontólogo Michael Foote, de Universidade de Chicago, havia tentado levar em consideração as variações conhecidas no registro fóssil, como a quantidade de rochas contendo fósseis encontradas em diferentes intervalos geológicos de tempo. Com essas revisões, ´o limite de velocidade desaparece´, disse Lu. No geral, não existe atraso entre a extinção e a recuperação, embora haja exceções, como o período depois da extinção permotriássica.
As descobertas aparecem na edição do dia 21 de fevereiro da Proceedings of the National Academy of Sciences.
Os novos resultados ´fazem muito mais sentido, biologicamente falando, que o atraso´ na recuperação, disse o paleontólogo Douglas Erwin do Museu Nacional de História Natural em Washington. Mas Kirchner alerta que é muito difícil definir se as descobertas são reais ou artificiais. ´Os intervalos de erros podem ser grandes´. Ainda assim, o paleontólogo Steven Holland da Universidade da Geórgia disse que ´esta é a linha de batalha para a paleontologia na próxima década´. ´Veremos uma nova onda de análises que levarão a incompletude dos registros dos fósseis em consideração. Nossa visão dos padrões evolutivos vai mudar´.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/318516/visualizar/
Comentários