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Meio Ambiente
Terça - 14 de Fevereiro de 2006 às 07:38

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Sydney - Cientistas australianos descobriram que uma proteína poderia evitar a sepsia severa, também chamada síndrome de resposta inflamatória sistêmica, que diariamente provoca mais de 1.400 pessoas no mundo.

O estudo identificou a proteína que pode evitar que um simples corte no dedo, por exemplo acabe produzindo infecção severa, ou choque séptico, explicou em comunicado a doutora Ashley Mansell, que coordenou a investigação científica.

O trabalho foi feito por cientistas do Instituto de Pesquisa Médica da Universidade de Monash, em Melbourne, e publicado na última edição da Nature Immunology.

Quando acontece uma infecção bacteriana, uma proteína chamada "SOCS1" se comunica com uma segunda bactéria chamada "Mal" e lhe transmite a informação para que ponha em funcionamento o sistema imunológico. Quando a infecção foi superada, a "SOCS1" comunica de novo à "Mal" que pare o sistema imune.

Se a proteína "SOCS1" não atua corretamente e deixa de informar à "Mal" que é preciso parar o sistema imunológico, então este continua ativo e sem controle, destruindo todas as células, sejam saudáveis ou não, explicou Mansell na nota.

"Descobrimos como manipular a ´SOCS1´ para parar o sistema e destruir a bactéria ´Mal´, isso desacelera o sistema imunológico e reduz de forma radical o risco de um choque séptico."

O mais relevante da pesquisa é que o trabalho conseguiu determinar que esta manipulação só afeta as infecções bacteriológicas.

Os cientistas australianos não determinaram ainda por que há um mau funcionamento na proteína "SOCS1" ou da "Mal" em algumas pessoas e em outras não. Eles supõem que a resposta poderia ser genética. Segundo Mansell, esta é uma pesquisa que ainda precisa ser feita.





Fonte: EFE

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