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Politica Brasil
Domingo - 12 de Fevereiro de 2006 às 15:38
Por: Adriana Vandoni Curvo

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Nos planos de investimento da Petrobras está a instalação de uma indústria de fertilizantes no Centro-Oeste. Quando estiver em funcionamento, terá capacidade de produzir algo em torno de 2 milhões de toneladas de fertilizante hidrogenado, que não faço a mínima idéia do que seja e ainda tem uma história de fertilizante de uréia, que também não sei o que é (sei que é usado na plantação, qual?, não sei, mas um dia eu descubro). O que sei é que a instalação de uma fábrica desse porte seria um estímulo ao processo de industrialização da Estado e um valioso ganho para Cuiabá e os municípios do entorno na geração de emprego e todo seu reflexo, renda, consumo, emprego, renda, consumo...

Mas a Petrobras ainda não se decidiu se será aqui ou em Campo Grande. De acordo com o laudo técnico Cuiabá oferece as melhores condições, logo, se a Petrobras não fosse uma Estatal já estaria iniciando os trabalhos. Como é Estatal, aguarda o laudo político. É ai que a disputa sai do âmbito municipal e vai para a esfera do governo estadual.

Aqui estão todos unidos. Participei ontem do lançamento de uma campanha, que poderia até se chamar “a onda verde e amarela”, onde estava reunido o Prefeito Wilson Santos, a Deputada Verinha demonstrando o apoio do PT regional na disputa pela vinda da Petrobras, Alexandre Furlan representando o governo estadual, vereadores, ex-autoridades e representantes da iniciativa privada.

Porque disse que sai do âmbito municipal? Porque a disputa não é técnica, é política e o governador de Mato Grosso do Sul é do PT. Parece mesquinharia? Claro que não, basta lembrarmos do “causo” da estrada ligando o Brasil ao Pacífico. Eram três a possibilidades: uma saindo de Mato Grosso do Sul, outra de Mato Grasso e outra do Acre. Técnica e logicamente a mais viável seria a de Mato Grosso. E onde está a estrada? No Acre de Jorge Viana, governador petista. A próxima será a de Corumbá-MS, se é que já não iniciaram os trabalhos. Nesse caso das estradas, prevaleceu o laudo político, uma vez que no Acre a estrada ligará nada a lugar algum.

Por isso eu digo que chegou a hora de unirmos, apesar das discordâncias. A briga pela fábrica começou há dois anos pelo governo do estado representado pelo secretário Alexandre Fulan. Estava meio morninha quando o prefeito Wilson Santos, assim meio como o Tazmania (aquele monstrinho que rodopia sem parar, céus!, ele é assim!, não para um minuto), revitalizou a disputa.

Em linguagem presidencial eu diria que o Governo do estado preparou o jogo e colocou a bola em campo, o Prefeito deu um chute e levantou a bola, agora depende dos nossos representantes do PT em Mato Grosso darem uma cabeçada que coloque a bola no gol.

Os esforços de Wilson Santos, do secretário Furlan, da iniciativa privada e da sociedade, são fundamentais, mas está nas mãos da deputada Verinha, do deputado Ságuas, da senadora Serys e do deputado Abicalil, que tanto tem ajudado o PT nacional. Estamos todos apoiando vocês, mas no laudo político quem tem chance de influir, são vocês.

Como vocês puderam perceber no texto, não entendo nada de fertilizantes nem de plantas, não que eu não goste, adoro, minha casa vive cheia de flores, mas compro toda semana, pois elas insistem em morrer toda semana, vai ver é olho gordo. Consultoria em agricultura, tô fora, mas se precisarem de uma ajuda em mobilização que não inclua pichação do Mc Donalds, podem contar comigo.

Estarei à disposição. Vamos à luta companheiros!

Adriana Vandoni é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas / RJ. Articulista do Jornal A Gazeta Cuiabá / MT. E-mail: avandoni@uol.com.br Blog: http://argumento.bigblogger.com.br





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