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Politica Brasil
Quinta - 09 de Fevereiro de 2006 às 14:57

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Londrina - O Paraguai proibiu a entrada de carne e produtos de origem animal argentinos, está instalando barreiras sanitárias e decretou "estado de emergência" por causa do foco de febre aftosa detectada quarta-feira do estado argentino de Corrientes, a 25 quilômetros de sua fronteira. Em três estados do sul - Ñeembucú, Itapuã e Missiones - o trânsito de animais está proibido. A Associação Rural do Paraguai e a Câmara Paraguaia de Carne formaram um "gabinete de crise" e, segundo o representante dos pecuaristas, Alberto Soljancic, os empresários estão dispostos a "gastar o que for preciso" para impedir que o rebanho paraguaio seja contaminado.

A preocupação dos paraguaios é justificada pela expansão das exportações de carne, que no ano passado baterem o recorde histórico: 125 mil toneladas - cerca de 20% a mais que no ano anterior -, com faturamento de US$ 240 milhões. A produção de carne é o setor econômico que mais tem crescido nos últimos anos. O país não registra a ocorrência de febre aftosa desde 2003 e, com o boicote imposto à carne brasileira por 58 países, o produto paraguaio está obtendo excelente cotação internacional.

O fato é que o anúncio do surgimento de um foco de aftosa na província argentina de Corrientes causou o imediato fechamento de uma série de mercados internacionais para a carne bovina deste país. Os primeiros países que anunciaram a proibição temporária das importações da carne argentina foram o Uruguai, Paraguai e Brasil. Mas o anúncio da existência da aftosa na Argentina teve um rápido efeito dominó no resto do mundo.



Focos Em outubro do ano passado, com o surgimento de focos de aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná (o governo desse estado não reconhece a existência da doença), o Paraguai recorreu até às Forças Armadas para impedir o contágio do rebanho próximo à fronteira com o Brasil. Desta vez, no entanto, a possibilidade de contágio de seu rebanho a partir da Argentina é mais difícil, segundo o ministro de Agricultura e Pecuária Gustavo Ruiz Díaz, uma vez que o Rio Paraná, que separa o Paraguai da região de Corrientes, representa uma barreira natural. Brasil e Paraguai têm fronteiras secas.



Vacinação O Paraguai pretende encerrar dia 15 a primeira etapa de vacinação contra a aftosa deste ano. Até o momento, 70% do rebanho, formado por 10 milhões de cabeças, já foi vacinado, informou o diretor do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa), Hugo Corrales. O rebanho da fronteira com o Brasil já havia sido vacinado entre outubro e novembro do ano passado, está sendo vacinado novamente e receberá novo reforço de vacinação a partir do dia 15. O mesmo deverá ocorrer com os animais do MS e PR que estiverem a uma distância de até 25 quilômetros da fronteira paraguaia.





Fonte: Agência Estado

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