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Cultura
Quinta - 09 de Fevereiro de 2006 às 14:32

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A expressão artística da América Latina, representada, entre outros, por jovens brasileiros que trabalham com impressoras de injeção de tinta ou tubos de neón, está presente desde hoje na 25ª Feira Internacional de Arte Contemporânea (ARCO) de Madri.

Pertencentes a outra geração estão por exemplo as rãs e lagartixas de plástico da brasileira Lia Mena Barreto.

No entanto, segundo a opinião de vários expositores, a Feira de Arte de Madri chega a sua edição de número 25 com a incursão de artistas novos que coincidem no uso das novas tecnologias, especialmente a fotografia, com suas ferramentas digitais de captura e impressão de imagem e vídeo.

A galeria Fernando Pradilla, de Madri, têm em sua lista de artistas fotógrafos como o brasileiro Mario Cravo-Neto.

A diretora desta galeria, Marielo Góngora, acha que no panorama artístico contemporâneo já não é possível separar a pintura clássica da imagem fotográfica, pois "as novas gerações -afirma- estão acostumadas a que a imagem da fotografia esteja misturada com a pintura. São mundos paralelos unidos".

Este especialista considera que "se em outros tempos a criação pictórica procedia de sentimentos ou lembranças do autor, agora é habitual entre os artistas novos que seu trabalho tenha encontrado a inspiração em uma imagem".

Outro galerista, Léo Bahia, considera que, "embora pareça que os artistas mais contemporâneos fazem o mesmo em arte, suas diversas culturas lhes fazem ver as coisas de forma diferente".

Nos projetos Cityscapes da ARCO, Bahia expõe os trabalhos de seus compatriotas Frederico Câmara, com fotografias de prisões alemãs, e de Cinthia Marcelle e Marilá Dardot, que retratam com a mesma técnica diversos lugares do Brasil em composições que, "se não tivessem sua linguagem artística, pareceriam destinadas à um guia turístico".

Um colecionador, que prefere o anonimato, corrobora o dito pelos marchands, de que a nova arte, incluindo a latino-americana, tem sua "carta de natureza, pois já não está no pavilhão das novidades".

"Isso sim -acrescenta o comprador- tudo caríssimo", embora os preços não alcancem os US$ 3 milhões que pedem por um Picasso na galeria Jan Krugier, de Genebra, ou os 6,9 milhões de uma quadro de Francis Bacon, na filial madrilenha da nova-iorquina Malborough.




Fonte: Terra

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