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Politica Brasil
Quinta - 09 de Fevereiro de 2006 às 07:53

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O ex-presidente estadual do PT, Alexandre Cesar, será ouvido hoje pela Polícia Federal, a partir das 10h, por suposto caixa 2 utilizado na campanha a prefeito de Cuiabá. Além dele, mais três dirigentes petistas também terão que explicar o fato de ocultarem da Justiça dados sobre a movimentação financeira do partido em 2004.

Segundo o delegado federal Renato Sayão, responsável pelo inquérito que apura os indícios de caixa 2 revelados por A Gazeta, depõem também hoje: Jurandir Lara (ex-presidente municipal do PT), Kátia Xavier (ex-tesoureira da campanha) e o dirigente Silvio Marinho, que também assinou documentos relativos à contabilidade petista em 2004. Eles serão ouvidos a partir das 15h.

Alexandre chegará à sede da Polícia Federal, localizada na avenida do CPA, poucos minutos antes das 10h. Já admitiu ao delegado que não concederá nenhuma entrevista coletiva à imprensa, que aguardará o depoimento do lado de fora da sede da PF para questioná-lo sobre a oitiva.

De acordo com o delegado, o inquérito será concluído na semana que vem caso não seja apresentado hoje nenhum documento que mude os rumos da investigações. Depois de finalizado, o caso será encaminhado ao Ministério Público Eleitoral. Além dos petistas, os empresários que têm dinheiro a receber do PT e o gerente de banco João Paulo Fortunato também já depuseram.

Conforme A Gazeta revelou, as dívidas da campanha de Alexandre Cesar foram quase todas reconhecidas em cartório e se aproximam a R$ 3,5 milhões. Para a Justiça Eleitoral, no entanto, o candidato só admitiu R$ 964 mil. No total, a dívida oficial e extra-oficial seria de aproximadamente R$ 5 milhões.

O delegado preferiu ontem não antecipar a conclusão do inquérito. Apesar de admitir que muitas dívidas ainda não tiveram a contabilidade justificada nos registros do partido, alega que só comentará o caso após encaminhar ao MP.

Outro lado - Como tem direito ao sigilo no inquérito, Alexandre Cesar, que é procurador do Estado, promete se pronunciar somente nos autos. Garante que não cometeu nenhum crime. Teria ocorrido apenas, segundo ele, uma confusão contábil ao se misturar dívidas da campanha com as contas do diretório estadual do PT.




Fonte: Gazeta Digital

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