PF investiga espionagem e Blairo diz que é coisa de desocupado
Blairo disse, ao Só Notícias, que "tomou conhecimento pela imprensa da suposta ação criminosa de arapongas. "O deputado Francesquini (que é delegado) me ligou, há algum tempo, disse que foi vítima e ouvido sobre esta questão e me propôs uma representação conjunta, de nós parlamentares. Mas estou muito tranquilo. Não tomou nenhuma providência e não vou tomar. É coisa de desocupado", criticou. "O que eu falo por telefone pode ser divulgado em qualquer lugar. A única chatisse é que este pessoal (arapongas) fique sabendo de reservado (assuntos familiares, por exemplo) nas conversas pessoais", acrescentou.
Blairo também disse que não notou nada de diferente no funcionamento de seu telefone celular, nem na caixa de e-mails.
O deputado Miro Teixeira, autor da denúncia, disse ao Estadão que "criou-se na capital do País, sob os olhos dos poderes da República, uma sociedade anônima de criminosos e violadores de dados pessoais" afirmou o deputado. "Não há cidadão nesse País, nem mesmo a presidente, seguro da sua privacidade e isso é muito ruim para a democracia". O jornal também ouviu o delegado Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal. Ele apontou que quadrilhas de arapongas atuam impunemente em praticamente todos os Estados, fazendo espionagem industrial, bisbilhotagem contra particulares e sobretudo dossiês contra políticos. "É um mercado totalmente anárquico, sem fiscalização ou controle, exercido muitas vezes por profissionais sem qualificação ou compromisso ético", afirmou.
Em novembro, conforme Só Notícias já informou, outro líder político em Mato Grosso, o ex-diretor geral do DNIT Luiz Pagot, foi espionado por criminosos, presos na Operação Durkheim, pela Polícia Federal. Pagot considerou que o objetivo da bisbilhotagem foi chantagem
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