Marcas de arroz tiveram reajuste

O preço pago pelo consumidor em algumas marcas de arroz sofreu reajuste de aproximadamente 5% entre o fim do ano passado e início deste ano em Mato Grosso. O aumento é consequência da entrada do produto oriundo do Rio Grande do Sul, que domina cerca de 30% do mercado estadual, conforme o presidente da Associação de Supermercados de Mato Grosso, Altair Magalhães. As marcas beneficiadas por indústrias mato-grossenses não registraram elevação. O encarecimento do frete e o período de entressafra do arroz, quando a oferta do produto é reduzida, estão entre as causas do reajuste.

Uma marca do tipo 1 que até novembro era vendida a R$ 6, por exemplo, hoje está sendo comercializada por cerca de R$ 6,30 o pacote de 5 quilos. Ainda assim os valores médios do "arroz do Sul" continuam oscilando entre R$ 6 e R$ 7. Já o "arroz da região", produzido em Mato Grosso, com a mesma qualidade e quantidade custa entre R$ 4 e R$ 5 nas prateleiras dos mercados. Os preços estão nesses patamares há aproximadamente 1 ano. Em 2004 o valor de venda do produto ao consumidor chegou a em média R$ 12 na entressafra.

O encarregado de compras do supermercado Big Lar, Sérgio de Araújo, diz que o arroz do tipo 1 importado do Rio Grande do Sul está sendo vendido em média a R$ 7,50 nas unidades da rede. O produto produzido em Mato Grosso está custando cerca de R$ 4,70 nas prateleiras, uma vantagem de 37,34% no preço. O presidente da Asmat, destaca que apesar de o produto local possuir um preço melhor ainda existe a cultura de consumir o produto vindo do Sul. Para ele em parte o hábito está relacionado às marcas. "O consumidor está acostumado com uma determinada marca que mesmo custando mais caro acaba tendo a preferência".

Além de não depender do frete, o arroz produzido em Mato Grosso leva a vantagem de ser isento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O benefício concedido em 2003 contempla também os principais produtos da cesta básica. O grande volume de produção de arroz, que no ano passado chegou a 2 milhões de toneladas, também auxilia na contenção dos preços.