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Sábado - 04 de Fevereiro de 2006 às 08:58

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São Paulo - O goleiro Marcelo, que estará em campo neste sábado na partida do Corinthians contra o Bragantino, às 18h10, no Pacaembu, afirma: “Se estou no Corinthians, é por plano de Deus”. A frase pode parecer excesso. Não depois de o jogador, que nesta sexta acertou renovação de contrato por mais dois anos, contar sua história.

Nascido em Mococa (SP), Marcelo foi criança para a cidade de Posto da Mata, Bahia, divisa com o Espírito Santo. “Em lugar afastado de tudo, ser jogador de futebol era sonho impossível”, conta o goleiro, que começou com a ajuda do irmão, Estelinaldo. “Ele atuava no gol e me ensinou. Com o tempo éramos os melhores no futsal da região.”

Marcelo demorou a se convencer que teria futuro. Nem ligava para os convites de times locais até que o time de uma cidade vizinha foi disputar um torneio no Espírito Santo e ele, aos 12 anos, foi a contragosto. “Não queria ir. Era reserva e só joguei porque o titular teve problemas de documentação. Perdemos todos os jogos, mas saí com proposta de nove times.”

Marcelo optou pelo Vasco. “Passei um ano lá, onde descobri como é a vida”, disse o jogador, se referindo ao assédio sexual que sofreu no clube. “Fui dispensado e voltei para a Bahia. Fiquei tão traumatizado que parei de jogar.”

Mas, meses depois, o pai de Marcelo se mudou para Arujá, Grande São Paulo. “Meus pais me incentivaram a voltar a jogar, mas não queria. Com o tempo, fui atuar por uma escola em Mogi das Cruzes.” Foi lá que o jogador conheceu o pai de Wendel. “Ele me disse para fazer um teste, mas não quis.”

Marcelo chegou ao ponto de ser “convocado” pelos técnicos do colégio para fazer o teste no Corinthians. “Disse que tinha aula. Fui no dia seguinte.” Aprovado, o goleiro teve ascensão meteórica no Corinthians e nas categorias de base da seleção brasileira. Foi promovido a profissional por Geninho. “Mas no fim de 2003 o técnico dos juniores pediu seis jogadores para a Taça São Paulo. Só eu não fui titular.”

Marcelo brigou com o técnico e foi afastado. “Rodei pelos times do interior e voltei. Treinava sozinho no Corinthians até que conheci o Doni e passamos a treinar juntos. Ele me ajudou tanto que tinha proposta do Juventude mas adiou a ida para eu me acertar.”

O restante da história é conhecido. Pouco depois, Fábio Costa brigou com o técnico Daniel Passarella e Marcelo foi reintegrado. Jogou a Copa Sul-Americana e ficou como reserva do time até que, com a saída de Fábio Costa, no fim do ano, se tornou o titular.





Fonte: Agência Estado

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