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Politica Brasil
Sábado - 04 de Fevereiro de 2006 às 07:09
Por: Téo Menezes

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O governador Blairo Maggi (PPS) afirmou ontem não acreditar no envolvimento do deputado Pedro Henry (PP) com o suposto caixa 2 patrocinado pela empresa Furnas durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Acusado de operar o "mensalão", o pepista mato-grossense é o único do Estado citado na lista que circula desde quarta-feira na internet e teria recebido R$ 100 mil.

Blairo alega que não confia na lista baseado nas declarações de grande parte dos membros do Conselho de Ética, que descartaram utilizar as informações no julgamento da conduta de parlamentares citados no mensalão. O mesmo já prometeu fazer o relator do processo de Henry no Conselho, Orlando Fantazzini (PSOL-SP).

"Nem a Câmara e nem o governador acreditam nisso", afirmou Blairo Maggi, durante solenidade para lançamento do Sistema Compartilhado de Fiscalização Ambiental, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) em conjunto com o Ibama, Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público Federal (MPF).

Apesar de evitar reafirmar apoio à pré-candidatura de Pedro Henry ao Senado, o governador disse ainda que irá aguardar o desfecho das denúncias contra o pepista para reavaliar a disputa dos aliados pela senatória.

Além de Pedro Henry, os ex-prefeitos Jaime Campos (PFL) e Percival Muniz (PPS) também pleiteiam disputar o cargo pelo grupo governista.



"Denúncias existem de todas as formas, mas vou aguardar a conclusão de todo esse processo para falar alguma coisa", completou Maggi, que desde 2002 mantém acordo em apoiar Henry ao Senado.

Além de Pedro Henry, outros 156 políticos de diversos Estados brasileiros aparecem na lista de supostos beneficiários do caixa 2 de Furnas, incluindo governadores, deputados e senadores. O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), teria recebido R$ 7 milhões. O governador e também presidenciável, Geraldo Alckmin (SP), teria ficado com R$ 9,3 milhões.

A oposição acusa o PT de ser um dos autores da lista, já que o tucanato seria atingido diretamente com a relação de nomes. Alegam ainda que se trata de uma operação dos petistas para desviar o debate eleitoral dos recentes escândalos envolvendo o governo Lula.





Fonte: Gazeta Digital

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