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Internacional
Sexta - 03 de Fevereiro de 2006 às 21:12

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Mais de 2,5 milhões de costa-riquenhos poderão comparecer às urnas no próximo domingo para eleger um novo presidente, em meio a um panorama de incertezas, após uma virada nas pesquisas de opinião que atingiu em cheio o favorito Oscar Arias e beneficiou seu rival, Ottón Solís.

Arias teve uma queda dramática de sete pontos em apenas uma semana, segundo uma pesquisa realizada entre os dias 27 e 31 de janeiro, e ficou com 42,6% das intenções de voto, muito próximo dos 40% de votos necessários para se tornar presidente no primeiro turno.

O concorrente de Arias, Ottón Solís, subiu seis pontos, para 31,5%. Se essa tendência se mantiver durante a semana, qualquer um dos dois poderá chegar à Presidência ou provocar um segundo turno em abril, estimam analistas.

A essa incógnita se soma a dúvida sobre o destino da maioria dos votos do governista Partido Unidade Social Cristã (PUSC), que tem 5% das intenções de voto, devido aos escândalos de corrupção que levaram à prisão, em 2004, de seus dois principais dirigentes e ex-presidentes da República.

Ao contrário do que costuma acontecer nesta nação de 4 milhões de habitantes cujas campanhas eleitorais sempre foram uma festa, com bandeiras e símbolos externos, dessa vez a população se mostra retraída devido ao descontentamento provocado pelas promessas não cumpridas dos políticos, e pelos casos de corrupção envolvendo três ex-presidentes.

Arias, de 65 anos, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1987 e ex-presidente (1986-1990), é candidato pelo Partido Libertação Nacional (PLN, direita), enquanto Solís (51) representa o Partido Ação Cidadã (PAC, centro), que surgiu em 2001 e surpreendeu ao conquistar 14 das 57 cadeiras do Congresso.

Arias é partidário da quebra do monopólio estatal das telecomunicações e seguros, e defende a entrada em vigor de um Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos, a que Solís se opõe. Este último defende uma forte intervenção do Estado na economia e a prestação de serviços como educação e saúde, enquanto a posição de Arias é mais liberal.

"No domingo, a disputa será acirrada. Já não é tão certo que Arias vencerá", como na semana anterior, quando as pesquisas lhe davam quase 50% das intenções de voto, comenta o sociólogo Carlos Carranza.

Além de escolher um presidente para um mandato de quatro anos, os costa-riquenhos irão eleger 57 deputados para o Congresso, e autoridades de 81 municípios.





Fonte: AFP

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