Processo contra Henry se arrasta

Enquanto avançam no Conselho de Ética os processos dos deputados supostamente envolvidos no "mensalão", o relatório sobre a participação do deputado Pedro Henry (PP) ainda não tem prazo para ser votado na Câmara. Até a semana que vem, vence o prazo de instrução e de apresentação de defesa do parlamentar.

De acordo com o relator do processo de Henry, deputado Orlando Fantazzini (PSOL-SP), até o prazo inicial para levantamento de provas para fundamentar o processo pode ser ampliado. A partir de hoje, caso o Conselho se reúna diariamente o período de instrução vence na segunda-feira, dia 06.

A partir do momento em que for encerrado o período de instrução, segundo Fantazzini, correrá ainda prazo de cinco sessões (uma semana) para apresentação do relatório e do voto do relator. Caso ocorra algum pedido de vistas, cada um dos 14 membros do Conselho terá duas sessões para apresentar qualquer questionamento. Depois de votado, o processo segue para o plenário.

"Por essas questões, não dá para falar ainda em prazos de votação do relatório. Qualquer coisa que eu disser pode ou não se confirmar depois", afirmou Fantazzini, ao frisar ainda que não conversou com os demais membros do Conselho para saber se terá algum pedido de vistas. Apenas Chico Alencar (PSOL-SP) admite que não deve fazê-lo.

Outro fator que pode acabar com a expectativa de votar na semana que vem o relatório sobre Henry é o fato de que José Janene (PP-PR) ainda não ter sido ouvido. Médicos nomeados pela Câmara irão a Curitiba na próxima semana para avaliar se o pepista tem condições de depor. Caso não obtenha sucesso, Fantazzini admite a possibilidade de avançar com o relatório mesmo sem a oitiva. Henry ainda não revela quando apresentará a defesa, o que pode ser feito até a semana que vem. A alegação de sua assessoria é de que ainda estuda os documentos levantados por Fantazzini desde novembro.