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Nuno Mindelis lança CD com shows em navio
São Paulo - Sexta-feira Nuno Mindelis embarca no navio Armonia (sem H mesmo), para fazer uma série de shows num cruzeiro de Santos a Salvador. O programa faz parte de uma promoção da Rádio Eldorado que vai bancar a viagem de três ouvintes com respectivos acompanhantes.
O navio é gigantesco, o maior em águas brasileiras, tem capacidade para 2.100 passageiros e teatro com 600 lugares. "Quando recebi o convite fiquei feliz, principalmente porque quem costuma ir nessas viagens é o Fábio Junior, o Roberto Carlos", brinca Mindelis
Parafraseando os Paralamas do Sucesso, ele diz que entrou "de gaiato no navio", mas em vez de descascar batatas no porão vai mostrar que, apesar do perfil "altissimamente sofisticado e sóbrio" do blues, gênero ao qual ele e sua guitarra estão associados, quer é fazer festa. Bagagem para isso Mindelis leva do novo álbum, Outros Nunos(Gravadora Eldorado) que lançou em outubro, mas que, por problemas de distribuição, só agora tem chegado às lojas
É um dos discos mais saborosos do ano passado e, para quem está habituado ao Nuno bluseiro, traz boas surpresas. Além de suingadas canções autorais e temas que começam com o medo e terminam com bom humor, ele recria com a classe habitual clássicos do Jorge Ben dos anos 60 e de Alceu Valença. Mas que Nada, que no original era um samba com misto de maracatu, ganha acento de jazz-blues e hip-hop. Como Dois Animais virou blues-rock.
Entre uma do português Pedro Abrunhosa (Se Eu Fosse um Dia o Teu Olhar) e um cover de São Paulo, do extinto grupo 365, Nuno surpreende com uma bem-humorada lista de siglas e uma bossa folk, só com violões e ruídos, depois de uma Chove Chuva rocklatinizada.
"Existe essa perspectiva de que eu jamais faria isso. Acho isso legal", diverte-se Mindelis. "Quem me conhece a fundo se surpreenderia se eu não o fizesse. Vim de Angola em 1976 (um dia paro de falar isso) e lá ouvia de tudo, tanto música local como o rock inglês, James Brown, Otis Redding, Chico Buarque, Secos & Molhados, jovem guarda. Para mim cantar Jorge Ben é natural, faço isso de maneira muito simples.
No CD, ele conta com o rapper Rappin’ Hood e a cantora Zélia Duncan como convidados. Rappin’ está emMas que Nada e na ótima Tenho Medo, autobiográfica, que Mindelis tem como carro-chefe do novo trabalho. A bela Gosto do Jeito, em dueto vocal com Zélia Duncan, é folk que remete a Simon & Garfunkel (a introdução lembra April, Comes She Will). Pode até cair no gosto de Jack Johnson.
Para encerrar, a divertida Fica pro Próximo Disco, em que ele narra as tentativas frustradas de compor em parceria com Lenine, Walter Franco, Nando Reis, Arnaldo Antunes e outros. "A letra é absolutamente real, reproduz fielmente os recados que recebi deles. E também mostra como sou: começo as coisas e não termino. A culpa não é deles, eu é que fui viajar e não liguei de volta". Ficou a boa intenção e a promessa de alguns de que realmente estarão no próximo disco.
O navio é gigantesco, o maior em águas brasileiras, tem capacidade para 2.100 passageiros e teatro com 600 lugares. "Quando recebi o convite fiquei feliz, principalmente porque quem costuma ir nessas viagens é o Fábio Junior, o Roberto Carlos", brinca Mindelis
Parafraseando os Paralamas do Sucesso, ele diz que entrou "de gaiato no navio", mas em vez de descascar batatas no porão vai mostrar que, apesar do perfil "altissimamente sofisticado e sóbrio" do blues, gênero ao qual ele e sua guitarra estão associados, quer é fazer festa. Bagagem para isso Mindelis leva do novo álbum, Outros Nunos(Gravadora Eldorado) que lançou em outubro, mas que, por problemas de distribuição, só agora tem chegado às lojas
É um dos discos mais saborosos do ano passado e, para quem está habituado ao Nuno bluseiro, traz boas surpresas. Além de suingadas canções autorais e temas que começam com o medo e terminam com bom humor, ele recria com a classe habitual clássicos do Jorge Ben dos anos 60 e de Alceu Valença. Mas que Nada, que no original era um samba com misto de maracatu, ganha acento de jazz-blues e hip-hop. Como Dois Animais virou blues-rock.
Entre uma do português Pedro Abrunhosa (Se Eu Fosse um Dia o Teu Olhar) e um cover de São Paulo, do extinto grupo 365, Nuno surpreende com uma bem-humorada lista de siglas e uma bossa folk, só com violões e ruídos, depois de uma Chove Chuva rocklatinizada.
"Existe essa perspectiva de que eu jamais faria isso. Acho isso legal", diverte-se Mindelis. "Quem me conhece a fundo se surpreenderia se eu não o fizesse. Vim de Angola em 1976 (um dia paro de falar isso) e lá ouvia de tudo, tanto música local como o rock inglês, James Brown, Otis Redding, Chico Buarque, Secos & Molhados, jovem guarda. Para mim cantar Jorge Ben é natural, faço isso de maneira muito simples.
No CD, ele conta com o rapper Rappin’ Hood e a cantora Zélia Duncan como convidados. Rappin’ está emMas que Nada e na ótima Tenho Medo, autobiográfica, que Mindelis tem como carro-chefe do novo trabalho. A bela Gosto do Jeito, em dueto vocal com Zélia Duncan, é folk que remete a Simon & Garfunkel (a introdução lembra April, Comes She Will). Pode até cair no gosto de Jack Johnson.
Para encerrar, a divertida Fica pro Próximo Disco, em que ele narra as tentativas frustradas de compor em parceria com Lenine, Walter Franco, Nando Reis, Arnaldo Antunes e outros. "A letra é absolutamente real, reproduz fielmente os recados que recebi deles. E também mostra como sou: começo as coisas e não termino. A culpa não é deles, eu é que fui viajar e não liguei de volta". Ficou a boa intenção e a promessa de alguns de que realmente estarão no próximo disco.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/321329/visualizar/
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