Dispensados custaram R$ 8 milhões ao Santos

O Santos recebeu cerca de R$ 75 milhões pela venda de Robinho ao Real Madrid. Um dinheiro que deveria representar a redenção financeira do clube. Mas 10,6% desse valor já foram embora. Computado o que foi gasto com contratações, salários e acordos para rescindir contratos, Giovanni, Luizão e Cláudio Pitbull custaram R$ 8 milhões ao clube. A informação foi obtida com um conselheiro do clube e confirmado por um diretor da área administrativa.

"O Marcelo (Teixeira) tem a condição de acertar, mas às vezes não dá certo. Mas são números vergonhosos", disse o superintendente do time em São Paulo, José Carlos Peres, espantado com a informação.

A reportagem tentou apurar uma posição da diretoria do clube, que disse não emitir comentários sobre valores de contratações e rescisões de jogadores.

Luizão foi o fiasco maior. Não fez nenhum gol e, nos quatro meses em que ficou na Vila, embolsou R$ 1,3 milhão, computados férias e 13º salário. De luvas, mais R$ 1 milhão. Apenas para tirá-lo do Nagoya Grampus (JAP), a diretoria pagou US$ 1,5 milhão (R$ 3,3 milhões). Luizão custou R$ 5,6 milhões.

Os salários de Giovanni e Cláudio Pitbull, somados com as luvas pagas mensalmente, estavam por volta de R$ 150 mil. Da contratação até a dispensa, os dois juntos receberam R$ 1 milhão. Os cerca de R$ 1,4 milhão de acordos nas rescisões completam os R$ 8 milhões.

Para justificar a dispensa, a diretoria santista informou que economizava mais de R$ 6 milhões, sem computar os acertos para que os atletas deixassem a Vila Belmiro. A economia existiu, mas os gastos com estrelas que não renderam também.