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Repórter News - reporternews.com.br
Presidente da ANP afirma que o Hamas deverá formar o novo Governo
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, anunciou hoje que a formação do Governo da ANP será de responsabilidade da força política mais votada das eleições legislativas de quarta-feira, o movimento islâmico Hamas.
"Até agora não pedimos a ninguém que forme o Governo", disse Abbas em declaração oficial, na qual acrescentou que a ANP negocia "com algumas das legendas políticas que participaram das eleições".
"É evidente que pediremos ao partido mais votado que assuma a tarefa de compor o Governo", afirmou Abbas.
Com essas palavras, Abbas segue uma linha de suavidade, um tanto enigmática, como a manifestada em seu discurso desta quinta-feira à noite. Logo depois do anúncio dos resultados da votação, sem mencionar nenhuma força política, o presidente da ANP disse que começaria imediatamente as conversas para a formação do novo Governo.
O Hamas obteve 76 das 132 cadeiras do Parlamento palestino. Já o Fatah conseguiu apenas 43, o que representa uma brusca mudança na região e encerra décadas de domínio do histórico movimento nacionalista na cena política palestina.
Apesar da arrasadora vantagem que o Hamas obtive na votação, alguns dirigentes do partido expressaram seu desejo de chegar a um "entendimento político" com Abbas.
O líder da lista eleitoral do Hamas, Ismail Haniye, conversou hoje por telefone com o presidente palestino para pedir uma reunião na qual devem discutir o futuro político da ANP.
Em declarações à imprensa, Haniye disse que a reunião provavelmente acontecerá dentro de dois dias, quando Abbas for a Faixa de Gaza.
Enquanto isso, a posição oficial da direção do Fatah é não fazer parte de um Governo liderado pelo Hamas, mas ser "uma oposição leal" para assim "poder reconstruir o partido", segundo o negociador-chefe da ANP, Saeb Erekat.
Por sua vez, o dirigente do Fatah na Cisjordânia, Qadura Farez, disse hoje que "é lógico que a principal força parlamentar deve estar preparada para governar. O Hamas alcançou a maioria, o que significa que tem de formar o Governo".
"O Fatah passará à oposição, onde continuará defendendo seu programa e suas idéias. O resultado das eleições faz parte do jogo democrático", afirmou Farez.
"Somos conscientes de que o povo palestino nos deu as costas", disse Farez, que previu, entretanto, que o Hamas terá muitos problemas ao assumir o Governo.
Na Faixa de Gaza, reina hoje um ambiente de tensão, já que os militantes e simpatizantes do Fatah foram às ruas em protesto não contra o desenvolvimento das eleições (cuja limpidez e transparência não foram questionadas), mas para expressar sua frustração com o resultado. Eles culpam a direção do partido e, em particular Abbas, de quem exigem a renúncia.
Apesar de Abbas ter defendido o cumprimento e a implementação do Mapa de Caminho e o restabelecimento das negociações com Israel em seu discurso de ontem à noite, existem dois grandes obstáculos para seus objetivos: o Hamas defende a destruição do Estado judeu em seu programa político, e, por isso, Israel se nega a conversar com Hamas. Desde 1994, o movimento islâmico já cometeu 50 atentados contra Israel que deixaram 391 mortos, e defende que estas ações são legítimas, pois fazem parte da "resistência contra a ocupação" israelense dos territórios palestinos.
A ministra israelense de Assuntos Exteriores, Tzipi Livni, pediu hoje à comunidade internacional que não reconheça um eventual Governo palestino liderado pelo Hamas.
A chefe da diplomacia israelense também pediu aos líderes internacionais que não legitimem um novo Governo palestino liderado pelo movimento islâmico.
Livni disse que com sua opção pelo Hamas, o povo palestino perdeu uma oportunidade de alcançar paz. Principalmente depois da evacuação unilateral israelense da Faixa de Gaza em setembro.
O primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, disse nesta manhã que "o Hamas não é um parceiro para a paz " e que desta forma "Israel e o mundo ignorarão esse Governo, que portanto será irrelevante".
"É evidente que pediremos ao partido mais votado que assuma a tarefa de compor o Governo", afirmou Abbas.
Com essas palavras, Abbas segue uma linha de suavidade, um tanto enigmática, como a manifestada em seu discurso desta quinta-feira à noite. Logo depois do anúncio dos resultados da votação, sem mencionar nenhuma força política, o presidente da ANP disse que começaria imediatamente as conversas para a formação do novo Governo.
O Hamas obteve 76 das 132 cadeiras do Parlamento palestino. Já o Fatah conseguiu apenas 43, o que representa uma brusca mudança na região e encerra décadas de domínio do histórico movimento nacionalista na cena política palestina.
Apesar da arrasadora vantagem que o Hamas obtive na votação, alguns dirigentes do partido expressaram seu desejo de chegar a um "entendimento político" com Abbas.
O líder da lista eleitoral do Hamas, Ismail Haniye, conversou hoje por telefone com o presidente palestino para pedir uma reunião na qual devem discutir o futuro político da ANP.
Em declarações à imprensa, Haniye disse que a reunião provavelmente acontecerá dentro de dois dias, quando Abbas for a Faixa de Gaza.
Enquanto isso, a posição oficial da direção do Fatah é não fazer parte de um Governo liderado pelo Hamas, mas ser "uma oposição leal" para assim "poder reconstruir o partido", segundo o negociador-chefe da ANP, Saeb Erekat.
Por sua vez, o dirigente do Fatah na Cisjordânia, Qadura Farez, disse hoje que "é lógico que a principal força parlamentar deve estar preparada para governar. O Hamas alcançou a maioria, o que significa que tem de formar o Governo".
"O Fatah passará à oposição, onde continuará defendendo seu programa e suas idéias. O resultado das eleições faz parte do jogo democrático", afirmou Farez.
"Somos conscientes de que o povo palestino nos deu as costas", disse Farez, que previu, entretanto, que o Hamas terá muitos problemas ao assumir o Governo.
Na Faixa de Gaza, reina hoje um ambiente de tensão, já que os militantes e simpatizantes do Fatah foram às ruas em protesto não contra o desenvolvimento das eleições (cuja limpidez e transparência não foram questionadas), mas para expressar sua frustração com o resultado. Eles culpam a direção do partido e, em particular Abbas, de quem exigem a renúncia.
Apesar de Abbas ter defendido o cumprimento e a implementação do Mapa de Caminho e o restabelecimento das negociações com Israel em seu discurso de ontem à noite, existem dois grandes obstáculos para seus objetivos: o Hamas defende a destruição do Estado judeu em seu programa político, e, por isso, Israel se nega a conversar com Hamas. Desde 1994, o movimento islâmico já cometeu 50 atentados contra Israel que deixaram 391 mortos, e defende que estas ações são legítimas, pois fazem parte da "resistência contra a ocupação" israelense dos territórios palestinos.
A ministra israelense de Assuntos Exteriores, Tzipi Livni, pediu hoje à comunidade internacional que não reconheça um eventual Governo palestino liderado pelo Hamas.
A chefe da diplomacia israelense também pediu aos líderes internacionais que não legitimem um novo Governo palestino liderado pelo movimento islâmico.
Livni disse que com sua opção pelo Hamas, o povo palestino perdeu uma oportunidade de alcançar paz. Principalmente depois da evacuação unilateral israelense da Faixa de Gaza em setembro.
O primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, disse nesta manhã que "o Hamas não é um parceiro para a paz " e que desta forma "Israel e o mundo ignorarão esse Governo, que portanto será irrelevante".
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/322123/visualizar/
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