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Palocci nega propina e desconversa sobre ex-assessores
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, em depoimento na CPI dos Bingos negou todas as acusações que envolvem o seu nome, entre elas, a doação de US$ 3 milhões do governo de Cuba para ajudar a eleger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as denúncias de propina na prefeitura de Ribeirão Preto (SP), na época em que era prefeito da cidade. O ministro procurou desconversar sobre os seus assessores envolvidos nos dois episódios e afirmou que não possui nenhuma relação profissional ou pessoal com eles.
O advogado Rogério Buratti, ex-secretário da administração municipal de Palocci, e Vladimir Poleto, ex-funcionário da prefeitura, foram os nomes mais citados pelos parlamentares da CPI nas perguntas dirigidas ao ministro.
Rogério Buratti acusou um dos ex-assessores de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto, Ralf Barquete, de receber R$ 50 mil por mês da empresa Leão&Leão, responsável pela coleta de lixo e entulho na cidade. Ele e Vladimir Poleto, afirmaram terem ouvido de outro ex-colaborador de Palocci, já falecido - Ralf Barquete, que Cuba remeteu uma alta soma em dólares para o PT.
No depoimento à CPI dos Bingos, Palocci disse que não conhecia Vladimir Poletto e que o cumprimentou duas vezes sem saber que ele assessorava Barquete. O ministro qualificou o caso de Cuba de "fantasioso". Sobre Buratti, Palocci negou que tivesse contato profissional com o ex-secretário de governo após assumir o ministério. "A atividade que ele fazia em Brasília não tem nada a ver com minha gestão no Ministério da Fazenda", explicou.
Dólares cubanos O suposto repasse de dólares cubanos para o pleito foi denunciado no ano passado pela revista Veja. Palocci negou as afirmações e argumentou que, na época, quando era coordenador do programa econômico da campanha de Lula, não tinha nenhum relacionamento com autoridades cubanas.
"Participei ativamente, integralmente da campanha de Lula, não houve dinheiro de Cuba, nem de outros países, como foi noticiado", disse o ministro durante depoimento à CPI dos Bingos ao ser interrogado pelo relator, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN).
Poleto, que era assessor de Ralf Barquette, disse que nunca viu o dinheiro, mas que viajou de avião, no ano das eleições, levando três caixas com uísque de Brasília até Campinas (SP). As caixas conteriam US$ 1,4 milhão.
Propina em Ribeirão
Palocci, apesar de negar o pagamento de propina da empresa Leão & Leão à prefeitura de Ribeirão Preto (SP), admitiu que recebeu uma quantia da empresa para a sua campanha, mas, segundo ele, a transação foi registrada legalemente. "Não haveria sentido nenhum eu ter uma contribuição oficial (da Leão&Leão) e depois pedir uma contribuição extra-oficial", disse.
O ministro já havia negado o esquema durante depoimento na comissão da Câmara dos Deputados que discutia o Fundeb em novembro do ano passado. Segundo Palocci, as denúncias sobre o pagamento de propina na prefeitura são "requentadas".
Palocci disse que um esquema de corrupção como o denunciado por Rogério Buratti pudesse ocorrer sem seu conhecimento. Ele disse que "problemas podem acontecer em uma prefeitura, em um governo federal", mas que não há hipótese alguma de um evento de propina como o levantado nas denúncias ter ocorrido sem que ele soubesse. "Esse procedimento não ocorreu."
Processo Antonio Palocci disse hoje que vai esperar até o final das investigações para tomar algum tipo de providência contra acusações falsas. "Não processei e não vou processar ninguém durante a investigação", afirmou, ao responder questionamento do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) sobre eventual processo contra o advogado Rogério Buratti e outras pessoas que estariam "atingindo a honra" do ministro.
"Acho que nenhum de nós está acima de qualquer suspeita. O que eu tenho a oferecer é a minha transparência", ponderou o ministro da Fazenda, que também rebateu a acusação de já ter sido condenado a devolver dinheiro público. "Nunca tive condenação por utilização de recursos. Como prefeito, só fui condenado pelo uso irregular de um logotipo de Sol", defendeu-se.
Eleições 2006 Durante o depoimento, Palocci voltou a negar uma candidatura nestas eleições. "Não serei candidato a nada em 2006. Acho que estou contribuindo no governo Lula", disse. Palocci disse que muitos que acharam que ele se candidataria começaram a brigar. "Essas denúncias não são novas. Surgiram várias vezes quando me candidatei. Três dos assuntos que continuam saindo já foram arquivados na Justiça", afirma Palocci.
O advogado Rogério Buratti, ex-secretário da administração municipal de Palocci, e Vladimir Poleto, ex-funcionário da prefeitura, foram os nomes mais citados pelos parlamentares da CPI nas perguntas dirigidas ao ministro.
Rogério Buratti acusou um dos ex-assessores de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto, Ralf Barquete, de receber R$ 50 mil por mês da empresa Leão&Leão, responsável pela coleta de lixo e entulho na cidade. Ele e Vladimir Poleto, afirmaram terem ouvido de outro ex-colaborador de Palocci, já falecido - Ralf Barquete, que Cuba remeteu uma alta soma em dólares para o PT.
No depoimento à CPI dos Bingos, Palocci disse que não conhecia Vladimir Poletto e que o cumprimentou duas vezes sem saber que ele assessorava Barquete. O ministro qualificou o caso de Cuba de "fantasioso". Sobre Buratti, Palocci negou que tivesse contato profissional com o ex-secretário de governo após assumir o ministério. "A atividade que ele fazia em Brasília não tem nada a ver com minha gestão no Ministério da Fazenda", explicou.
Dólares cubanos O suposto repasse de dólares cubanos para o pleito foi denunciado no ano passado pela revista Veja. Palocci negou as afirmações e argumentou que, na época, quando era coordenador do programa econômico da campanha de Lula, não tinha nenhum relacionamento com autoridades cubanas.
"Participei ativamente, integralmente da campanha de Lula, não houve dinheiro de Cuba, nem de outros países, como foi noticiado", disse o ministro durante depoimento à CPI dos Bingos ao ser interrogado pelo relator, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN).
Poleto, que era assessor de Ralf Barquette, disse que nunca viu o dinheiro, mas que viajou de avião, no ano das eleições, levando três caixas com uísque de Brasília até Campinas (SP). As caixas conteriam US$ 1,4 milhão.
Propina em Ribeirão
Palocci, apesar de negar o pagamento de propina da empresa Leão & Leão à prefeitura de Ribeirão Preto (SP), admitiu que recebeu uma quantia da empresa para a sua campanha, mas, segundo ele, a transação foi registrada legalemente. "Não haveria sentido nenhum eu ter uma contribuição oficial (da Leão&Leão) e depois pedir uma contribuição extra-oficial", disse.
O ministro já havia negado o esquema durante depoimento na comissão da Câmara dos Deputados que discutia o Fundeb em novembro do ano passado. Segundo Palocci, as denúncias sobre o pagamento de propina na prefeitura são "requentadas".
Palocci disse que um esquema de corrupção como o denunciado por Rogério Buratti pudesse ocorrer sem seu conhecimento. Ele disse que "problemas podem acontecer em uma prefeitura, em um governo federal", mas que não há hipótese alguma de um evento de propina como o levantado nas denúncias ter ocorrido sem que ele soubesse. "Esse procedimento não ocorreu."
Processo Antonio Palocci disse hoje que vai esperar até o final das investigações para tomar algum tipo de providência contra acusações falsas. "Não processei e não vou processar ninguém durante a investigação", afirmou, ao responder questionamento do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) sobre eventual processo contra o advogado Rogério Buratti e outras pessoas que estariam "atingindo a honra" do ministro.
"Acho que nenhum de nós está acima de qualquer suspeita. O que eu tenho a oferecer é a minha transparência", ponderou o ministro da Fazenda, que também rebateu a acusação de já ter sido condenado a devolver dinheiro público. "Nunca tive condenação por utilização de recursos. Como prefeito, só fui condenado pelo uso irregular de um logotipo de Sol", defendeu-se.
Eleições 2006 Durante o depoimento, Palocci voltou a negar uma candidatura nestas eleições. "Não serei candidato a nada em 2006. Acho que estou contribuindo no governo Lula", disse. Palocci disse que muitos que acharam que ele se candidataria começaram a brigar. "Essas denúncias não são novas. Surgiram várias vezes quando me candidatei. Três dos assuntos que continuam saindo já foram arquivados na Justiça", afirma Palocci.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/322404/visualizar/
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