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Politica Brasil
Quinta - 26 de Janeiro de 2006 às 13:04
Por: Fabio Graner e Gustavo Freire

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Brasília - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, defendeu seu secretário particular, Ademirson Silva, durante seu depoimento à CPI dos Bingos. Questionado sobre seu relacionamento com Ademirson, com quem trabalha há 17 anos, Palocci afirmou que ele é homem "honrado". Neste momento, o relator da CPI, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), perguntou sobre a quantidade de ligações telefônicas que Adermirson fez para Ralf Barquete, Rogério Buratti e Wladimir Poletto a partir de 2003.

O ministro reconheceu que estranhou a quantidade de ligações e questionou o secretário sobre isso. Palocci disse que o assessor informou a existência de uma série de inconsistências nos dados telefônicos. Como exemplo, Palocci relatou que 60% das ligações registradas na quebra de sigilo não ocorreram: eram apenas tentativas que não se concretizaram. Ele relatou ainda que, na quebra de sigilo está registrado que, em 39 segundos, houve 15 ligações.

"Acho meio impossível isso ter acontecido. Mas não é uma informação oficial. O Ademirson está fazendo uma perícia sobre isso", disse o ministro levando outra informação à CPI. Ele disse também que um segundo depois de uma ligação de 12 minutos ter começado havia o registro de outra ligação.

Juscelino Dourado

O ministro disse também, que não demitiu seu ex-assessor, Juscelino Dourado. "Eu não demiti o Juscelino. Foi ele que pediu para se afastar", afirmou Palocci. Ele chegou a afirmar que por ele, não demitiria o ex-assessor.

Palocci explicou que Juscelino decidiu deixar o Ministério da Fazenda, por ter ficado "desgostoso" com o noticiário envolvendo o seu nome, em denúncias de tráfico de influência. "Juscelino não é político. Ele é um profissional e ficou desgostoso com o envolvimento do seu nome", disse Palocci.

Segundo ele, a família de Juscelino também ficou abatida com as acusações. Segundo Palocci, ele apenas pediu a Juscelino para que antes de sair da Fazenda comparecesse à CPI dos Bingos para esclarecer as questões que envolviam o seu nome. "Ele concordou e isso foi feito", lembrou Palocci.

"Não posso responder por

pessoas que trabalharam comigo" O ministro da Fazenda disse à CPI que não pode responder pelas ações de pessoas que trabalharam com ele em gestões anteriores. Segundo Palocci, ele só pode ser responsabilizado das ações daqueles que hoje trabalham com ele. A afirmação do ministro foi feita em resposta ao questionamentos de Garibaldi Alves sobre as ações de Rogério Buratti, Ralf Barquete e Wladimir Poleto em Brasília.

Garibaldi chegou a questionar se Palocci os qualificaria de lobistas, o que Palocci se recusou a fazer.

Questionado pelo relator da CPI sobre os personagens envolvidos nas denúncias de corrupção, Palocci explicou a função de cada um deles em seu governo em Ribeirão Preto e seu nível de relacionamento com estas pessoas.

O único que ele disse não ter nenhuma relação foi Wladimir Poletto, que era assessor do secretário de Finanças, Ralf Barquete. "Encontrei ele umas duas vezes e o cumprimentei sem saber quem era", disse.





Fonte: Agência Estado

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