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Politica Brasil
Quinta - 26 de Janeiro de 2006 às 12:03
Por: Valdemar Roberto

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Está aberta a temporada de negociações entre o PPS e os partidos interessados em apoiar o projeto da reeleição do governador Blairo Maggi. O fim da verticalização, votada em primeiro turno na quarta-feira pela Câmara dos Deputados, deverá precipitar o início das conversações entre as siglas que estavam indefinidas – especialmente com o PFL e também com o PMDB. Maggi disse que pretende conversar com todos os partidos – excluindo, evidentemente, o PT e o PSDB, que integram a oposição ao Governo. Haverá discussões de cargas, mas ele já avisou: o vice sairá da Baixada Cuiabana.

Na pratica, o processo será assim. São dois cargos na chapa majoritária para dividir com os partidos aliados: uma vaga de senador e uma de vice. Maggi disse que a prioridade agora é repetir a coligação “Mato Grosso Mais Forte” que o levou para o Palácio Paiaguás, inclusive com a presença do PFL. Para a vaga ao Senado, existem três nomes colocados pelos partidos que deverão recompor a aliança eleitoral: Erai Maggi, pelo PDT, Pedro Henry, pelo PP, e Jaime Campos, pelo PFL. Para a vice, até o momento, ninguém se habilitou. Historicamente, é o nome da sobra das negociações.

Para o Senado, Maggi voltou a admitir sua preferência pelo nome do deputado federal Pedro Henry (PP) para ocupar a vaga ao Senado. Trata-se, segundo ele, de um compromisso político. “Tenho muita gratidão pelo que ele fez e está fazendo” – frisou, ao destacar o apoio recebido em 2002 para disputar o Governo e, posteriormente, a ação política em Brasília. Henry foi o único parlamentar a direcionar seu trabalho de captação de recursos para o Governo do Estado. O político, no entanto, ainda não se desvencilhou do processo na Comissão de Ética, onde é acusado de fazer parte do esquema do “mensalão” – embora até agora a própria comissão não tenha reunido nenhuma prova de sua participação.

“Ele me disse que não pretende ser impecilho para formação da aliança” – revelou Maggi, ao contar a pré-disposição de Henry. Em outras palavras, o líder do PP no Estado estaria até mesmo disposto a abrir mão da vaga a ele reservada para preservar os interesses da aliança. Maggi deixou claro que Henry não recuou da posição de ser candidato ao Senado. “Já houve uma abertura para começar a discutir” – comentou.

Sem estabelecer data, Maggi frisou que agora começam as discusões sobre a aliança. “Não sei quantos serão os partidos e quais serão ele” – disse. Ele explicou que uma primeira reunião deverá ser marcada para tratar do assunto. Mas não quis estabelecer data. O governador evitou ainda falar sobre critérios para escolha dos companheiros de chapa majoritária: “Não posso tomar essa decisão sozinho”.

Maggi, contudo, se mostra convencido de que enfrenta problemas eleitorais maiores na Baixada Cuiabana. Por isso, adiantou: o vice sairá dessa região. Em outras palavras, esse critério está definido. E nisso surge com mais força um nome do PFL: senador Jonas Pinheiro, que estaria interessado em “entregar” quatro anos do Senado Federal para o suplente Gilberto Goellner, amigo pessoal do governador. Além disso, o político negocia uma vaga no Tribunal de Contas do Estado para sua esposa, a deputada federal Celcita Pinheiro.




Fonte: 24 Horas News

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