Jonas desiste e o PFL exige Jaime na chapa ao Senado

Quinze dias depois de anunciar pré-candidatura ao governo estadual, o senador Jonas Pinheiro (PFL) anunciou a desistência do projeto, motivado pela queda da verticalização na sessão da Câmara, ontem à noite.

Segundo o senador, a tendência natural é o PFL apoiar à reeleição de Blairo Maggi (PPS), mas observa que "tudo dependerá do poder de articulação do governador". Os pefelistas vão condicionar apoio à confirmação da candidatura de Jaime Campos ao Senado.

"Agora, está nas mãos dele (Maggi). O interesse do PFL é apoiar ele". Para o senador, Jaime Campos está preparado para ser senador. Avisa que, na negociação, a agremiação pefelista deve ficar com pelo menos a candidatura à senatória.

A proposta de emenda constitucional (PEC) que derrubou a regra eleitoral, que obrigava os partidos nos Estados a repetirem as mesmas alianças em âmbito nacional, foi aprovada com 343 votos. Votaram contra 143 deputados. Com isso, os partidos ficam livres para compor alianças nos Estados. A decisão foi comemorada pelo governador Maggi, que vislumbra maior facilidade para sua reeleição.

Jonas revelou que conversou ontem com o secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Pagot, sobre alianças. Conta que, para Pagot, o PFL agrega mais à recandidatura de Maggi do que qualquer outra legenda. "O PFL tem um bom tempo de TV, tem estrutura em todo o Estado e quadros para uma boa coligação para deputado federal". No caso dos concorrentes a estadual, Jonas defende que cada legenda do arco de alianças lance sua chapa. Segundo o senador, Pagot entende que a candidatura de Jaime ao Senado agrega mais do que a do deputado Pedro Henry (PP). O governador já estaria disposto a defender o nome de Jaime. Até agora, Maggi vinha se mantendo fiel a Henry, que enfrenta processo de cassação.