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Politica Brasil
Sexta - 20 de Janeiro de 2006 às 13:15

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), evitou falar sobre a concorrência com o prefeito de São Paulo, José Serra, na chegada a Porto Alegre (RS), no Aeroporto Salgado Filho. Segundo ele, vai haver um entendimento interno do PSDB para a escolha do candidato à Presidência da República nas próximas eleições. "Não acredito em disputa", afirmou. "Se Serra for o escolhido, o soldado Alckmin se apresenta."

Sobre os boatos de que Fernando Henrique Cardoso teria decidido apoiar Serra nas prévias do PSDB, Alckmin afirmou que o nome do ex-presidente foi usado indevidamente. "FHC é a grande referência do nosso partido. Todos querem o seu apoio. Ele vai apoiar o candidato do PSDB, da aliança, do grande projeto para o Brasil", afirmou.

Alckmin atacou o PT e o governo Lula, criticando, principalmente, a política de juros. De acordo com o governador, o Brasil está "pagando o custo PT". "O partido passou 25 anos falando de uma coisa e acabou fazendo outra quando chegou ao governo", disse. Sobre a possível reeleição de Lula, o governador afirmou que o presidente "não merece um segundo mandato, nem um dia a mais".

Ao ser questionado sobre o escândalo envolvendo a candidatura de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas Gerais em 1998, Alckmin disse que o colega de partido cometeu um erro. Azeredo é acusado de receber dinheiro de caixa dois da SMP&B, empresa de Marcos Valério de Souza, para o financiamento da campanha. Valério é acusado de ser o operador do "mensalão" para deputados na Câmara.

O governador voltou a afirmar que vai percorrer todo o País durante a sua campanha. Ressaltou que se o PFL não tiver candidato próprio, a aliança com o PSDB é natural.

Mala de garupa Alckmin chegou por volta das 16h40 a Porto Alegre e foi recepcionado por um grupo de aproximadamente 30 pessoas que gritavam "bye bye Lula, Alckmin chega lá". Ele foi presenteado com uma "mala de garupa", item do vestuário típico gaúcho usado para transportar utensílios em viagens a cavalo, e um livro sobre o poeta Mario Quintana.

O governador era aguardado pela deputada federal Yeda Crucius (SPDB), pré-candidata ao governo do Rio Grande Sul pela legenda tucana. Segundo Yeda, a previsão do PSDB é dobrar o número de governadores no País na próxima eleição. Ela acrescentou que o projeto dela na Câmara Federal está concluído.

Campanha no sul "Estou começando bem, porque estou começando pelo Rio Grande do Sul", declarou Alckmin. E continuou com os elogios ao RS: "esse é o Estado do trabalho e animado para a peleia".

Alckmin deve retornar à capital paulista às 23h10min. No sábado, o governador irá ao Sergipe e, no domingo, a Pernambuco. O tucano disse que pretende voltar ao Rio Grande do Sul com mais calma para também percorrer o interior do Estado.





Fonte: Terra

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