Bezerra já admite aliança pró-Blairo

O presidente regional do PMDB, Carlos Bezerra, afirmou ontem que é possível uma aliança com o PPS em torno da reeleição do governador Blairo Maggi. Ele ressalvou, porém, que esse entendimento depende do acerto entre os dois partidos em nível nacional, o que deve acontecer caso o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, seja o candidato peemedebista a sucessão presidencial.

"Almocei, na semana passada, em São Paulo, com o Rigotto, junto com o Quércia, e ele disse que está praticamente fechado o apoio do PPS caso seja o candidato a presidente". Nesse caso, de acordo com Bezerra, a coligação "deve ocorrer aqui também" e admitiu que existe conversas preliminares em busca de um entendimento entre as duas agremiações.

Bezerra disse que o apoio a reeleição de Blairo Maggi depende da discussão do programa de governo, ressaltando que o PMDB irá defender a priorização da implantação de um amplo programa social. "Não se pode priorizar a infra-estrutura em detrimento da questão social", criticou, assinalando que "dá para conversar" com o PPS de Mato Grosso.

Nesse quadro, o ex-senador defendeu a candidatura do presidente da Assembléia, Silval Barbosa, ao Senado, argumentando que é importante para o PMDB participar da disputa de um cargo majoritário.

Para o cacique Carlos Bezerra, se o cenário nacional permitir, é bem provável que o dois partidos "irão marchar juntos", defendendo um programa de governo comum.

"Não existe nenhum problema, de ordem política, para conversarmos", ressaltou. O ex-senador informou que, no final do ano passado, esteve reunido com o presidente regional do PPS, Percival Muniz, e com o ex-prefeito de Cuiabá, Roberto França, discutindo sobre a possibilidade de uma aliança entre os dois partidos.