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Politica Brasil
Quinta - 19 de Janeiro de 2006 às 19:51

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Brasília - O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) anunciou na CPI dos Bingos que dois assessores do Ministério da Fazenda estão acompanhando o depoimento motorista Eder Macedo Soares - suspeito de ter transportado, de Campinas para São Paulo, suposta quantia de US$ 3 milhões doada por Cuba para o caixa 2 do PT. Para o senador, trata-se de um ato de orientação ou de coação do depoente. Eder é motorista do Ministério da Fazenda, no Rio.

Totalmente acuado, o motorista se confunde cada vez mais. Ele acaba de dizer que conheceu somente ontem a advogada que o acompanha, Stela Cristina Nakazato, de São Paulo, que lhe teria sido apresentada por outro advogado, de nome Dr. Hélio.

O motorista caiu várias vezes em contradição, ao dizer como conheceu o tal Dr. Hélio. Primeiramente, disse que teria sido na condição de passageiro de um táxi que conduzia. Depois, informou que o conheceu no diretório eleitoral do PT em São Paulo, na Vila Mariana, e, por fim, disse textualmente que não pode dizer como conheceu esta pessoa.

O presidente da CPI anunciou oficialmente que o advogado Hélio Silveira, que teria providenciado a advogada Stela Cristina Nakazato para acompanhar o motorista durante o depoimento de hoje, consta no "Consultor Jurídico" como sendo advogado da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy.

O presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Moraes (PFL-PB), anunciou que foi a assessora parlamentar do Ministério da Fazenda, Ilma F. Lima, pediu pessoalmente para antecipar, de hoje para ontem, a data da passagem do motorista Eder Macedo Eustáquio, do Rio de Janeiro para Brasília. Eder, que está depondo na CPI, é motorista do Ministério no Rio.

Para Álvaro Dias, a atitude da assessora do Ministério comprova que, antes de comparecer à CPI, Eder recebeu uma aula, "foi blindado para não dizer nada que possa comprometer o ministro". O motorista se mantém praticamente mudo diante das indagações dos membros da CPI, limitando-se a dizer que não se lembra e que não pode responder.

Senadores, como Magno Malta (PL-ES) acham que a CPI já tem motivo para mandar prender o motorista por desrespeito à CPI. Durante o depoimento, a advogada que assiste o motorista insiste em dar sinais a ele sobre o que deve ou não responder. Ela já foi repreendida por três pelos senadores por este motivo.





Fonte: Agência Estado

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