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Tiradentes vai exibir 173 produções nacionais
São Paulo - O maior evento dedicado ao cinema brasileiro do País começa amanhã. Neste ano durante a 9ª Mostra de Cinema de Tiradentes será exibido o número recorde de 173 produções - 24 longas-metragens, 60 curtas e 89 vídeos -, além de debates, fóruns, sessões para o público infantil, shows, exposições. O festival, que ganhou ao longo dos anos a tarefa de apresentar o que será a safra de cada ano para público e crítica, tem como foco o cinema nacional, mas neste ano quem ganha homenagem é o crítico, muitas vezes uma figura distorcida no imaginário do público e dos cineastas. Muito se comenta sobre a falta de interação e debate entre crítico e autores no Brasil. Foi pensando nesta lacuna que a organização da mostra resolveu dedicar a sessão Livre Pensar deste ano à figura do crítico, realizando debates sobre os longas exibidos sempre com um crítico convidado e dois debates gerais. “A interação ocorre quando o crítico apresenta o filme, junto com a equipe, na noite da exibição. O segundo ocorre no dia seguinte, quando há o debate do crítico convidado com o público, a equipe e a imprensa”, explica Raquel Hallak, coordenadora da mostra.
A mostra começa amanhã com homenagem ao diretor Ruy Guerra e ao videoartista Eder Santos. Ao longo da semana, serão exibidos clássicos de Guerra como Os Cafajestes e Erêndida e o novíssimo O Veneno da Madrugada, que é a atração da sessão de abertura da mostra, no Cine-Tenda.
Por falar em festival, só são exibidos em Tiradentes longas-metragens inéditos no circuito comercial, ainda que já tenham participado de outros festivais. “Em sua maioria, observamos que os filmes participam de um ou dois festivais. É sinal do prestígio que ganhamos. Vejo que os cineastas já se preparam para nossa mostra”, diz Raquel.
Eder Santos, um dos ícones da videoarte no mundo, terá quase toda sua obra em retrospectiva, incluindo a exibição de Mentiras e Humilhações, de 1988, que leva a poesia de Drummond para o vídeo, até suas mais recentes experiências com a película em filmes como Delicadeza do Amor (2003).
Um dos festivais mais queridos entre a classe cinematográfica, Tiradentes também tem o amor do público, mas ganhou fama de ‘o festival do povo’. As exibições gratuitas dos filmes na Cine-Tenda e no Cine-Praça são um espetáculo à parte.
De volta aos debates, o convidado de amanhã é o crítico do Estado Luiz Zanin Oricchio, que participa do bate-papo no sábado com a equipe de O Veneno da Madrugada. Domingo é a vez de Maria do Rosário Caetano debater A Concepção, de Eduardo Belmonte; e Luiz Carlos Merten, do Estado, participar do bate-papo com a equipe de A Máquina, de João Falcão.
Na quinta, dia 26, ocorre um grande debate, A Crítica em Cena, com a presença de Ricardo Calil, Cléber Eduardo, Inácio Araújo, e dos professores André Setaro e José Tavares Barros. “Mais que discutir a crítica diária, também colocamos em foco a acadêmica”, conta Raquel.
Destaques
Entre os destaques de longas, está Eu me Lembro, do baiano Edgard Navarro, que levou sete Candangos no último Festival de Brasília. O longa, que encerra a programação no dia 28, é um álbum de memórias do diretor e perpassa a história recente do Brasil, dos anos 40 aos 70. Na programação dos debates com a crítica, filme de Navarro conta com André Setaro para o debate no sábado.
O esperado Serras da Desordem, de Andréa Tonnaci, inédito em festivais é o filme do dia 26 e reconstrói a história do índio Carapiru, sobrevivente da tribo dos guajás, que atravessa o Brasil caminhando mais de 2 mil quilômetros. Na sexta, dia 27, no Encontro com a Crítica, Cesar Geraldo Guimarães debate Serras da Desordem com diretor e do público.
Também em pré-estréia entra o longa Mulheres do Brasil, de Malu de Martino, neste domingo. O filme é uma ficção narrada em episódios sobre mulheres de classes sociais e várias regiões do País.
Crime Delicado, de Beto Brant , é outro aguardado para a noite de sábado. O longa garantiu a Brant o prêmio de melhor diretor no Festival do Rio. José Geraldo Couto é o crítico escolhido para conversar sobre o filme no sábado.
Entre os curtas, destaque para a seleção Feito em Pernambuco, no dia 24. “Há alguns anos, o forte eram os curtas do Sul. Agora, mais uma vez identificando a tendência, dedicamos um especial para o cinema pernambucano, em plena efervescência. Mais que jogar filmes na grade, nossa curadoria e programação são sempre críticas”, conclui Raquel
Eder Santos, um dos ícones da videoarte no mundo, terá quase toda sua obra em retrospectiva, incluindo a exibição de Mentiras e Humilhações, de 1988, que leva a poesia de Drummond para o vídeo, até suas mais recentes experiências com a película em filmes como Delicadeza do Amor (2003).
Um dos festivais mais queridos entre a classe cinematográfica, Tiradentes também tem o amor do público, mas ganhou fama de ‘o festival do povo’. As exibições gratuitas dos filmes na Cine-Tenda e no Cine-Praça são um espetáculo à parte.
De volta aos debates, o convidado de amanhã é o crítico do Estado Luiz Zanin Oricchio, que participa do bate-papo no sábado com a equipe de O Veneno da Madrugada. Domingo é a vez de Maria do Rosário Caetano debater A Concepção, de Eduardo Belmonte; e Luiz Carlos Merten, do Estado, participar do bate-papo com a equipe de A Máquina, de João Falcão.
Na quinta, dia 26, ocorre um grande debate, A Crítica em Cena, com a presença de Ricardo Calil, Cléber Eduardo, Inácio Araújo, e dos professores André Setaro e José Tavares Barros. “Mais que discutir a crítica diária, também colocamos em foco a acadêmica”, conta Raquel.
Destaques
Entre os destaques de longas, está Eu me Lembro, do baiano Edgard Navarro, que levou sete Candangos no último Festival de Brasília. O longa, que encerra a programação no dia 28, é um álbum de memórias do diretor e perpassa a história recente do Brasil, dos anos 40 aos 70. Na programação dos debates com a crítica, filme de Navarro conta com André Setaro para o debate no sábado.
O esperado Serras da Desordem, de Andréa Tonnaci, inédito em festivais é o filme do dia 26 e reconstrói a história do índio Carapiru, sobrevivente da tribo dos guajás, que atravessa o Brasil caminhando mais de 2 mil quilômetros. Na sexta, dia 27, no Encontro com a Crítica, Cesar Geraldo Guimarães debate Serras da Desordem com diretor e do público.
Também em pré-estréia entra o longa Mulheres do Brasil, de Malu de Martino, neste domingo. O filme é uma ficção narrada em episódios sobre mulheres de classes sociais e várias regiões do País.
Crime Delicado, de Beto Brant , é outro aguardado para a noite de sábado. O longa garantiu a Brant o prêmio de melhor diretor no Festival do Rio. José Geraldo Couto é o crítico escolhido para conversar sobre o filme no sábado.
Entre os curtas, destaque para a seleção Feito em Pernambuco, no dia 24. “Há alguns anos, o forte eram os curtas do Sul. Agora, mais uma vez identificando a tendência, dedicamos um especial para o cinema pernambucano, em plena efervescência. Mais que jogar filmes na grade, nossa curadoria e programação são sempre críticas”, conclui Raquel
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/323910/visualizar/
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