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Politica Brasil
Quarta - 18 de Janeiro de 2006 às 15:10

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Em depoimento à CPI dos Correios, o vice-presidente do Banco Rural, José Roberto Salgado, explicou nesta quarta-feira que o empréstimo de R$ 3 milhões dado ao PT em maio de 2003 tinha como garantia adicional o compromisso de que as doações de filiados feitas ao partido seriam usadas para o pagamento do empréstimo.

Ele levou à comissão uma correspondência interna que cita a inclusão dessa doação partidária como garantia, enviada pela agência de São Paulo que concedeu o empréstimo à área jurídica do banco, em 12 de agosto de 2003.

Em relação à renovação do empréstimo, Salgado trouxe à CPI nota feita de próprio punho pelo ex-vice-presidente do Banco Rural José Augusto Dumont, que morreu em 2004. Na nota, Dumont dizia que as garantias adicionais estavam sendo confirmadas, o que resultou na aprovação da renovação do empréstimo.

Avaliação de risco

Ao questionar Salgado sobre a garantia dada pelo PT, o deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP) disse que nenhuma instituição bancária concederia um empréstimo baseado na possibilidade de doações futuras. O parlamentar perguntou então qual foi a avaliação de risco do PT feita pelo banco.

Salgado ressaltou que o partido havia acabado de ganhar as eleições para presidente; era, à época, o maior do país; e assumira o poder. Em uma análise de risco de empréstimo, o PT, em sua opinião, tinha todas as condições de honrar seus compromissos.

Pannunzio criticou a avaliação do banco. "O Banco Rural jogou com negociatas que viriam com o novo governo, e não com garantias bancárias", afirmou.





Fonte: Folha Online

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