IGP-10 fica em 0,84% em janeiro

Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de janeiro subiu 0,84%, ante alta de 0,06% em dezembro, segundo informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado anunciado hoje ficou acima das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam um resultado entre 0,30% a 0,60%, e acima da média das expectativas (0,47%).

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-10 de janeiro. O Índice de Preços por Atacado -10 (IPA-10), que representa 60% do total do IGP-10, teve alta de 1,03% em janeiro, ante deflação de 0,16% apurada em dezembro. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor -10 (IPC-10), que tem participação de 30% no total de IGP-10, subiu 0,59% ante alta de 0,53% em dezembro.

Já o Índice Nacional do Custo da Construção-10 (INCC-10), que representa 10% do IGP-10, apresentou aumento de 0,16% ante elevação de 0,39% em dezembro. Em 12 meses até o índice de janeiro, o IGP-10 acumula elevação de 1,89%; no ano, o indicador registra elevação de 0,84% (mesma taxa do mês de janeiro, visto que o indicador deste mês é o primeiro a ser anunciado em 2005).



Menor taxa desde abril de 2005 O IGP-10 de janeiro foi a maior taxa nesse tipo de indicador desde abril do ano passado, quando o índice registrou aumento de 1,17%. A informação é baseada em tabela contendo a série histórica do indicador, fornecida pela FGV em divulgações anteriores do índice.

De acordo com a mesma tabela, o IPA-10 de janeiro, que subiu 1,03%, também é o maior resultado do índice desde abril de 2005, quando o IPA-10 teve aumento de 1,43%. No caso do IPC-10, que em janeiro teve aumento de 0,59%, foi a maior taxa desde maio do ano passado, quando o IPC-10 subiu 0,93%.

Já o INCC-10 de janeiro assumiu trajetória diversa dos outros indicadores e subiu apenas 0,16% - menor taxa nesse tipo de índice desde setembro do ano passado, quando o INCC-10 registrou variação zero.



Produtos agrícolas Os preços dos produtos agrícolas no atacado subiram 2,32% em janeiro, ante alta de 0,61% em dezembro, no âmbito do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10). A FGV anunciou ainda que, no atacado, os preços dos produtos industriais tiveram alta de 0,63% ante deflação de 0,41% apurada em dezembro.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram aumento de 1,43% em janeiro ante alta de 0,78% apurada em dezembro. Por sua vez, os preços dos bens intermediários subiram 0,46% em janeiro ante queda de 1,05%em dezembro. Por fim, os preços das matérias-primas brutas registraram elevação de 1,64% em janeiro, ante aumento de 0,35% em dezembro.



IPA-10 tem alta de 0,17% em 12 meses O IPA-10 acumula em 12 meses até janeiro alta de 0,17%. O índice representa 60% do total do IGP-10. De acordo com a FGV, os preços dos produtos agrícolas acumulam queda de 3,95% no atacado, em 12 meses até o indicador de janeiro. Por sua vez, os preços dos produtos industriais registram aumento de 1,52% em 12 meses até o IGP-10 de janeiro.

Dentro do IPA-EP, que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais registram elevação de 3,50% acumulada em 12 meses até o IGP-10 de janeiro. Por sua vez, os preços dos bens intermediários têm alta de 0,94% em 12 meses até o índice de janeiro.

Já os preços das matérias-primas brutas acumulam queda de 5,55% no mesmo período. Ainda de acordo com a FGV, no IGP-10 de janeiro, os produtos que registraram as altas de preço mais expressivas foram soja (6,40%); óleos combustíveis (7,70%) e arroz em casca (8,67%). Já as mais expressivas quedas de preços foram registradas em bovinos (-5,37%); tomate (-32,12%) e leite in natura (-2,51%). O período de coleta de preços para cálculo do IGP-10 de janeiro foi do dia 11 de dezembro a 10 de janeiro.



Varejo No varejo, o IPC-10 acumula elevação de 4,93% em 12 meses até o indicador de janeiro, segundo a FGV. De acordo com a instituição, a aceleração na taxa do IPC-10, de dezembro para janeiro (de 0,53% para 0,59%), foi originada das elevações mais intensas, no período, dos grupos Educação, Leitura e Recreação (de 0,42% para 1,42%); e Transportes (de 0,40% para 0,80%).



Dos sete grupos que compõem o indicador, quatro registraram aceleração de preços e até mesmo deflação mais fraca, de dezembro para janeiro. Além dos dois já citados, é o caso de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,09% para 0,54%); e Despesas Diversas (de -0,42% para -0,03%). Os outros grupos registraram desaceleração de preços no mesmo período, como Alimentação (de 1,27% para 1,04%); Habitação (de 0,24% para 0,11%); e Vestuário (de 0,73% para 0,08%).

Por produtos, as altas de preços mais expressivas no varejo, no IGP-10 de janeiro, foram registradas em batata-inglesa (29,47%); cenoura (40,08%); e mamão da amazônia - papaya (14,85%). Já as mais expressivas quedas de preço foram registradas em tomate (-15,43%); tarifa de eletricidade residencial (-0,43%); e manga (-13,35%).

A FGV informou ainda que, no âmbito do INCC-10, houve aceleração de preços em materiais e serviços (de 0,24% para 0,29%); e desaceleração de preços em mão-de-obra (de 0,58% para variação zero), de dezembro para janeiro.