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Ex-petista confirma denúncia de caixa dois e diz que Lula sabia
Expulso do PT em 1998, o economista e ex-secretário de finanças da prefeitura de São José dos Campos, Paulo de Tarso Venceslau, afirmou à CPI dos Bingos que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando presidente do PT, conhecia o suposto esquema de arrecadação de recursos de caixa dois em São Paulo.
Paulo de Tarso afirmou que a estratégia de arrecadação de recursos não-contabilizados em São José dos Campos envolvia a Cpem (Consultoria Para Empresas e Municípios), que prestava serviços para a prefeitura, e era operada pelo compadre do presidente Lula, Roberto Teixeira, e pelo presidente do Sebrae, Paulo Okamoto, que não tinha cargo na direção do partido.
"Pelo volume de dinheiro envolvido, é muito difícil que o presidente do partido e hoje presidente do País desconhecesse isso [o esquema de arrecadação de recursos]. É impossível que quem conheceu o 'miserê' [sic] que o PT viveu não soubesse como apareceram tantos recursos", afirmou Paulo de Tarso.
Na comissão de sindicância montada pelo PT, depois que o ex-secretário de São José dos Campos denunciou a suposta existência do esquema, o presidente Lula afirmou que Okamoto operava a logística do partido e não tinha ciência de que o hoje presidente do Sebrae seria responsável por arrecadar os recursos irregulares. "Ou ele [Lula] não queria ver ou fugia de ver", afirmou Paulo de Tarso.
De acordo com o depoimento, Okamoto teria a função informal de ser o arrecadador de recursos, uma espécie de tesoureiro informal. "Ele está mais para Delúbio Soares [ex-tesoureiro do PT] do que para Marcos Valério. Ele circulava pelas empresas que prestavam serviços à prefeitura, arrecadando dinheiro não contabilizado", disse.
Paulo de Tarso afirmou que, por conta das denúncias apresentadas em 1997 a Lula, então presidente do PT, foi demitido do cargo da prefeitura e expulso do partido por influência do presidente. Lula teria dito, depois que o nome de Roberto Teixeira foi envolvido, que permaneceria no partido se Paulo de Tarso fosse expulso.
"Ele disse ou ele ou eu", afirmou o depoente. "O Frei Beto [ex-assessor da presidência da República] me disse que se o Lula visse alguém me defendendo ou conversando comigo, mandaria cortar a cabeça no partido", acrescentou Paulo de Tarso Venceslau.
O senador José Jorge (PFL-PE) afirmou que o depoimento mostra que o caixa dois do PT foi ampliado nos últimos anos do campo regional para o nacional. "Mostra que o esquema montado nas prefeituras foi ampliado para o cenário nacional", afirmou. Ao contrário, Tião Viana (PT-AC) disse que as denúncias de Paulo de Tarso são motivadas por uma "relação de ódio pessoal".
Paulo de Tarso afirmou que a estratégia de arrecadação de recursos não-contabilizados em São José dos Campos envolvia a Cpem (Consultoria Para Empresas e Municípios), que prestava serviços para a prefeitura, e era operada pelo compadre do presidente Lula, Roberto Teixeira, e pelo presidente do Sebrae, Paulo Okamoto, que não tinha cargo na direção do partido.
"Pelo volume de dinheiro envolvido, é muito difícil que o presidente do partido e hoje presidente do País desconhecesse isso [o esquema de arrecadação de recursos]. É impossível que quem conheceu o 'miserê' [sic] que o PT viveu não soubesse como apareceram tantos recursos", afirmou Paulo de Tarso.
Na comissão de sindicância montada pelo PT, depois que o ex-secretário de São José dos Campos denunciou a suposta existência do esquema, o presidente Lula afirmou que Okamoto operava a logística do partido e não tinha ciência de que o hoje presidente do Sebrae seria responsável por arrecadar os recursos irregulares. "Ou ele [Lula] não queria ver ou fugia de ver", afirmou Paulo de Tarso.
De acordo com o depoimento, Okamoto teria a função informal de ser o arrecadador de recursos, uma espécie de tesoureiro informal. "Ele está mais para Delúbio Soares [ex-tesoureiro do PT] do que para Marcos Valério. Ele circulava pelas empresas que prestavam serviços à prefeitura, arrecadando dinheiro não contabilizado", disse.
Paulo de Tarso afirmou que, por conta das denúncias apresentadas em 1997 a Lula, então presidente do PT, foi demitido do cargo da prefeitura e expulso do partido por influência do presidente. Lula teria dito, depois que o nome de Roberto Teixeira foi envolvido, que permaneceria no partido se Paulo de Tarso fosse expulso.
"Ele disse ou ele ou eu", afirmou o depoente. "O Frei Beto [ex-assessor da presidência da República] me disse que se o Lula visse alguém me defendendo ou conversando comigo, mandaria cortar a cabeça no partido", acrescentou Paulo de Tarso Venceslau.
O senador José Jorge (PFL-PE) afirmou que o depoimento mostra que o caixa dois do PT foi ampliado nos últimos anos do campo regional para o nacional. "Mostra que o esquema montado nas prefeituras foi ampliado para o cenário nacional", afirmou. Ao contrário, Tião Viana (PT-AC) disse que as denúncias de Paulo de Tarso são motivadas por uma "relação de ódio pessoal".
Fonte:
Folha de S.Paulo
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/324382/visualizar/
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