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Internacional
Terça - 17 de Janeiro de 2006 às 08:06

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A Califórnia executou na terça-feira, por meio de injeção letal, Clarence Ray Allen, o prisioneiro mais velho do corredor da morte do Estado, depois de a Justiça ter rejeitado uma série de apelações para suspender o procedimento. Allen, que completou 76 anos na segunda-feira e era cego, usava uma cadeira de rodas e sofria de diabetes e de uma doença cardíaca crônica.

O homem foi condenado à morte por ter encomendado o assassinato de três pessoas em 1980 quando cumpria uma pena de prisão perpétua por homicídio na Prisão Folsom, também na Califórnia.

A Corte Suprema dos EUA rejeitou na segunda-feira os apelos para que fosse poupada a vida do condenado.

O juiz Stephen Breyer foi o único a votar pelo perdão, citando a idade e a saúde frágil do condenado e o fato de Allen estar no corredor da morte há 23 anos.

Ele é a pessoa mais velha a ser executada na Califórnia e a segunda mais velha dos EUA a ser executada nas últimas décadas. No mês passado, o Estado do Mississipi tirou a vida de um prisioneiro de 77 anos condenado por assassinato.

Os advogados de Allen tentaram barrar a execução dele, argumentando nas cortes estaduais e federais que matá-lo seria um ato cruel em vista do estado de saúde do condenado.

O governador californiano, Arnold Schwarzenegger, disse na sexta-feira que não daria clemência a Allen porque ele havia sido condenado por seus crimes quando tinha 50 anos. Esse é o quarto pedido de clemência que o astro de Hollywood rejeita durante seu mandato.

Os crimes do condenado refletem as "decisões sedimentadas e planejadas de um homem maduro", afirmou o governador em um comunicado justificando sua decisão.

Allen, um empresário de Fresno, passou a liderar uma gangue no Central Valley depois de se voltar para o crime já na meia-idade.

A execução dele na prisão de San Quentin, ao norte de San Francisco, acontece depois de a Califórnia ter, em 13 de dezembro, no mesmo local, tirado a vida de Stanley Tookie Williams, ex-líder da gangue Crips, condenado por quatro assassinatos em 1979.





Fonte: Reuters

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