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Tasso Jereissati tentará disciplinar disputa interna no PSDB
O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), chega hoje a Brasília disposto a disciplinar a queda-de-braço entre o governador Geraldo Alckmin e o prefeito José Serra.
Ontem, porém, Alckmin admitiu a disputa em convenção como uma das alternativas para a escolha do candidato do PSDB à Presidência, dando sinais de que poderá levar o confronto até junho.
Em entrevista ao programa "Canal Livre", da TV Bandeirantes, Alckmin incluiu a prévia como um instrumento de decisão: "Qual é o critério de escolha? Tem vários. Você tem a convenção em junho, você tem entendimento nos próximos meses e você tem a escolha através do colegiado".
Questionado, disse que "não precisa ser convenção. Pode resolver antes", mas sempre sem rechaçar a hipótese. Para desconforto da cúpula do PSDB, Alckmin repetiu que "Serra tem dito que não é candidato". Ele defendeu ainda seu secretário de Educação, Gabriel Chalita, atacado por tucanos após ter recomendado que o PSDB refletisse sobre o ônus de Serra abandonar a prefeitura com três anos pela frente.
"Na política brasileira, falar o que pensa virou surpresa. É tudo tão dissimulado, tão dissimulado, que quando você diz que é candidato [...] vira surpresa", reagiu ele.
Embora alegando que não há objeção ao vice-prefeito, Gilberto Kassab, Alckmin se recusou a atestar sua capacidade administrativa. Disse que defendeu a aliança com o PFL, mas negou que tenha indicado o vice. "A escolha do candidato não é minha."
Para justificar o anúncio de sua decisão de deixar o governo até 31 de março, Alckmin repetiu que não está fazendo política "na geladeira". Ele disse que "se o PSDB deve definir o candidato antes da desincompatibilização, é o momento de discutir", pregou.
Por isso, o comando do PSDB deverá intervir. Segundo o secretário-geral do partido, Eduardo Paes (RJ), uma das primeiras medidas será destacar uma comissão com a tarefa de conversar com os dois postulantes do partido.
Pelo tom de Alckmin, o embate promete continuar. Na mesma semana em que Alckmin viaja para o Nordeste em busca de apoio, aliados de Serra sugerem que os tucanos apressem a consulta dos diretórios para a escolha de candidato. "Não temos muito tempo. Temos, no máximo, 60 dias", afirmou o líder do partido na Câmara, Alberto Goldman (SP).
Hoje mesmo, Tasso deverá se reunir com Paes, Goldman e o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). A idéia é fixar um padrão de conduta para evitar conflitos até março, quando o partido pretende decidir.
Segundo interlocutores de Tasso, ele pretende apresentar esses critérios já a partir desta semana, mas rechaça a rigidez de regras. Tendo acompanhado a crise do exterior, de onde chegou na madrugada de ontem, Tasso teria lamentado a situação. Embora o partido opte por termos como "procedimento", há tucanos que defendem a imposição de normas claras para impedir, por exemplo, que Alckmin acue Serra.
Para alguns, as declarações de Alckmin soam como provocações. Ao responder por que Serra não se declara candidato, Paes fala em respeito às condições de cada um. "São circunstâncias diferentes. E elas deverão ser respeitadas. O Alckmin pode se manifestar. O Serra não. Mas, se o PSDB decidir, ele vai ser o candidato."
Para Goldman, "o partido é que decidirá quem é candidato". Programando uma reunião informal para amanhã, Goldman diz que, a partir de agora, o PSDB deverá consultar líderes, governadores e prefeitos para tomar sua decisão.
Ainda na entrevista, Alckmin prometeu "tocar a tesoura na taxa de juros", se eleito. Ao falar de ética, disse não pretender "fazer campanha falando mal de Lula. O povo está cansado disso".
Pela manhã, disse que acha necessário fazer alianças com outras siglas para vencer eleição. Para ele, aliar-se ao PFL se mostra como um "caminho natural", mas fazer parceria com o PMDB seria importante, ao menos no segundo turno. "Somos primos", disse, referindo-se ao PMDB.
Ontem, porém, Alckmin admitiu a disputa em convenção como uma das alternativas para a escolha do candidato do PSDB à Presidência, dando sinais de que poderá levar o confronto até junho.
Em entrevista ao programa "Canal Livre", da TV Bandeirantes, Alckmin incluiu a prévia como um instrumento de decisão: "Qual é o critério de escolha? Tem vários. Você tem a convenção em junho, você tem entendimento nos próximos meses e você tem a escolha através do colegiado".
Questionado, disse que "não precisa ser convenção. Pode resolver antes", mas sempre sem rechaçar a hipótese. Para desconforto da cúpula do PSDB, Alckmin repetiu que "Serra tem dito que não é candidato". Ele defendeu ainda seu secretário de Educação, Gabriel Chalita, atacado por tucanos após ter recomendado que o PSDB refletisse sobre o ônus de Serra abandonar a prefeitura com três anos pela frente.
"Na política brasileira, falar o que pensa virou surpresa. É tudo tão dissimulado, tão dissimulado, que quando você diz que é candidato [...] vira surpresa", reagiu ele.
Embora alegando que não há objeção ao vice-prefeito, Gilberto Kassab, Alckmin se recusou a atestar sua capacidade administrativa. Disse que defendeu a aliança com o PFL, mas negou que tenha indicado o vice. "A escolha do candidato não é minha."
Para justificar o anúncio de sua decisão de deixar o governo até 31 de março, Alckmin repetiu que não está fazendo política "na geladeira". Ele disse que "se o PSDB deve definir o candidato antes da desincompatibilização, é o momento de discutir", pregou.
Por isso, o comando do PSDB deverá intervir. Segundo o secretário-geral do partido, Eduardo Paes (RJ), uma das primeiras medidas será destacar uma comissão com a tarefa de conversar com os dois postulantes do partido.
Pelo tom de Alckmin, o embate promete continuar. Na mesma semana em que Alckmin viaja para o Nordeste em busca de apoio, aliados de Serra sugerem que os tucanos apressem a consulta dos diretórios para a escolha de candidato. "Não temos muito tempo. Temos, no máximo, 60 dias", afirmou o líder do partido na Câmara, Alberto Goldman (SP).
Hoje mesmo, Tasso deverá se reunir com Paes, Goldman e o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). A idéia é fixar um padrão de conduta para evitar conflitos até março, quando o partido pretende decidir.
Segundo interlocutores de Tasso, ele pretende apresentar esses critérios já a partir desta semana, mas rechaça a rigidez de regras. Tendo acompanhado a crise do exterior, de onde chegou na madrugada de ontem, Tasso teria lamentado a situação. Embora o partido opte por termos como "procedimento", há tucanos que defendem a imposição de normas claras para impedir, por exemplo, que Alckmin acue Serra.
Para alguns, as declarações de Alckmin soam como provocações. Ao responder por que Serra não se declara candidato, Paes fala em respeito às condições de cada um. "São circunstâncias diferentes. E elas deverão ser respeitadas. O Alckmin pode se manifestar. O Serra não. Mas, se o PSDB decidir, ele vai ser o candidato."
Para Goldman, "o partido é que decidirá quem é candidato". Programando uma reunião informal para amanhã, Goldman diz que, a partir de agora, o PSDB deverá consultar líderes, governadores e prefeitos para tomar sua decisão.
Ainda na entrevista, Alckmin prometeu "tocar a tesoura na taxa de juros", se eleito. Ao falar de ética, disse não pretender "fazer campanha falando mal de Lula. O povo está cansado disso".
Pela manhã, disse que acha necessário fazer alianças com outras siglas para vencer eleição. Para ele, aliar-se ao PFL se mostra como um "caminho natural", mas fazer parceria com o PMDB seria importante, ao menos no segundo turno. "Somos primos", disse, referindo-se ao PMDB.
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