Mato-grossenses vão integrar missão de paz no Haiti

Vinte e sete homens do 9º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC), em Cuiabá, serão enviados ao Haiti para participar da missão de paz que é liderada pelo Brasil naquele país. O objetivo da missão é ajudar a reconstruir a estabilidade política e social no Haiti.

O cabo Wellington da Costa Oliveira opera três tipos de máquinas no 9º BEC e foi o currículo que o fez entrar na lista dos pré-selecionados que podem integrar a força de paz brasileira. "Vamos poder ajudar o próximo, a fazer contruções. Depois vou poder falar para o meu filho: 'eu estive lá, eu ajudei a construir aqueles prédios'", diz o cabo.

São aproximadamente7150 homens que vão integrar a missão, sendo que 60 são do centro-oeste. A partir de 23 de janeiro eles começam um treinamento até junho, quando embarcam para ajudar na reconstrução do Haiti.

Cuiabá vai mandar527 homens para a missão e os outros 33 são de Aquidauana e Jardim, em Mato Grosso do Sul. Eles vão substituir a tropa que foi enviada em dezembro.

Contexto

A força de paz está no Haiti desde junho de 2004, depois da queda do ex-presidente Jean Bertrand Aristide. Desde então, o país é administrado por um governo provisório com auxílio da Organização das Nações Unidas.

Localizado na América Central, o Haiti é o país mais pobre do mundo fora da África. Uma das funções da missão de paz Minustah é garantir a realização de eleições e organizar a infra-estrutura do país.

"É o estabelecimento de estradas, de melhorias das estradas, instalações prediais", explica o tenente coronel Luciano Martins, do 9º BEC. Apesar do orgulho de militares como Wellington, eles sabem dos riscos que correm por conta da turbulência política que vive hoje o Haiti. "Existem facções que lutam contra ou a favor do governo e das eleições. Pode ocorrer alguma hostilização com relação às nossas tropas. O risco ao meu ver é pequeno, mas existe", conclui Martins.

Este é o quarto contingente que será enviado pelo Brasil ao Haiti.