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Internacional
Domingo - 15 de Janeiro de 2006 às 08:35

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O Haiti recebeu cerca de US$ 600 milhões (do total prometido de US$ 2 bilhões) da comunidade internacional desde fevereiro de 2004, quando o presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto e levado para a África do Sul. Apesar do volume de recursos, poucos resultados apareceram até agora para melhorar a vida dos haitianos.

Porto Príncipe - Três semanas antes das eleições, se elas finalmente forem realizadas em 7 de fevereiro, os países doadores do Haiti estão preocupados com o futuro do país. Independentemente de quem for o presidente eleito entre os 35 candidatos ao cargo, representantes dos estados Unidos, França, Canadá e União Européia se perguntam se o novo governo terá condições de estabilizar a política e a economia do país, após a saída das tropas das Nações Unidas.

O Haiti recebeu cerca de US$ 600 milhões (do total prometido de US$ 2 bilhões) da comunidade internacional desde fevereiro de 2004, quando o presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto e levado para a África do Sul. Apesar do volume de recursos, poucos resultados apareceram até agora para melhorar a vida dos haitianos.

" Aqui a gente sobrevive", disse o alfaiate Stage Vertus, 40 anos, mulher e quatro filhos, em sua pequena oficina. Com quatro máquinas de costura e seis ajudantes, ele diz ser capaz de fazer o que for preciso - calças, camisas, paletós e até roupa feminina - mas falta encomenda. Apesar de trabalhar em Pétion Ville, município da área metropolitana de Porto Príncipe onde moram os ricos e milionários.



Vida difícil Porto Príncipe está um pouco melhor do que 18 meses atrás, quando chegou o primeiro contingente brasileiro, mas a situação ainda é precária. A sujeira se acumula por toda a parte, só há energia elétrica de quatro a cinco horas por dia e não existe água encanada. Quem tem dinheiro, como os estrangeiros que moram nas colinas de Pétion Ville, compra caminhões-pipa, pagando US$ 50 pelo abastecimento de 10 mil litros. Não se sabe de onde vem a água, mas com certeza não é tratada.

O lixo vai para terrenos baldios ou é lançado no mar. Com falta de segurança e tanta escuridão, é desaconselhável sair de casa à noite. Quem não tem gerador ou bateria para iluminação doméstica nas horas de apagão costuma ficar conversando na rua à luz das lâmpadas dos postes. Os estrangeiros tomam cuidados especiais, por causa da onda de seqüestros.





Fonte: Agência Estado

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